Mulher que teve casa assaltada e queimada vive da caridade alheia e pede ajuda das autoridades - Praia

Maria de Fátima, conhecida por Fatinha, segundo escreve Inforpress, recordou que na madrugada do dia 4 de Setembro de 2020 foi acordada na sua moradia, em Safende, onde morava com seu ex companheiro, por quatro homens.

“Diziam-me para entregar todas as coisas que eu tinha e que iam me matar. Acto seguido, começaram a me bater, a me chutar, jogaram móveis em cima de mim, mas consegui sair e refugiar-me debaixo da cama. Daí resolveram colocar fogo na cama e depois por outros cantos da casa. Não sei como consegui sair, mas saí no meio de lume, pulando a janela e fui bater à porta de um vizinho”, narrou.

Prosseguindo, avança a fonte, contou que os malfeitores levaram algumas das suas pertenças e que e o resto ficou queimado. Fatinha acabou por perder tudo o que tinha, e a solução encontrada foi ir morar numa barraca em São Domingos, por um período, mas teve de regressar à Praia, devido às condições precárias em que se encontrava a viver, de “agasalho”, só que agora o proprietário pediu-lhe para entregar a casa até o dia 30 do corrente.

“Não há justiça, não há ninguém para me ajudar, todas as portas que bato nenhuma me recebe, já fui ao tribunal, mas de nada adianta. Estou morando de favor e o dono da casa já pediu para eu entregar a casa até 30 deste mês, não tenho trabalho e hoje nem posso trabalhar mais e não tenho para onde ir, preciso de casa, preciso de justiça, preciso de ajuda”, implorou Fatinha.

“Até agora, os rapazes que assaltam a minha casa não cumpriram nenhuma pena, vivem a solta”, afirmou a vítima, alegando que dado a este acontecimento teve trombose três vezes, e neste momento encontra-se muito doente e pede socorro a quem de direito e a quem comover-se com a sua história.

Maria Fátima disse ter procurado por justiça desde então, porém até agora nada foi feito, nem sequer recebeu ajuda apropriada ao caso dela, somente roupas, duas sestas básicas, cita Inforpress.

Sobre a casa em Safende, Maria Fátima disse que morava com seu ex parceiro, só que vinham tendo muitas brigas, indicando que, inclusive, há processos inconclusivos no tribunal já algum tempo.

Acusando a Justiça de ser bastante lenta, diz que depois do ocorrido, o ex-companheiro ficou com as chaves, ela as solicitou, mas o sujeito negou e tomou posse da casa.

Entretanto, Fatinha avançou que a casa não está no nome de nenhum dos dois e desconfia que o ex-companheiro esteve por trás do assalto.

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