Jorge Carlos Fonseca efectua sua primeira visita de Estado ao Senegal no primeiro trimestre de 2018


O Presidente da República efectua a sua primeira visita de Estado, ao Senegal, no primeiro trimestre de 2018, a convite do seu homologo senegalês, Macky Sall, mas já em Dezembro vai à inauguração do novo aeroporto de Dakar.


Jorge Carlos Fonseca fez esta revelação em declarações à imprensa hoje, na Cidade da Praia, após ter recebido o ministro dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Sidiki Kaba, quem lhe entregou uma missiva do seu homólogo senegalês, Macky Sall.


Conforme revelou Jorge Carlos Fonseca aos jornalistas, trata-se de uma missiva que traduz “o gesto de amizade, da expressão de relações pessoais, fraternais de muita amizade e de uma expressão de um nível de cooperação e amizade entre os dois países e seus povos”.


O Presidente da República considerou ainda, que esta mensagem do seu homologo, Macky Sall, reforça as relacções bilaterais entre os dois países vizinhos, ao mesmo tempo que simboliza um momento particular e de excelência das relações entre Cabo Verde e Senegal e das relações pessoais entre os dois estadistas.


Segundo Jorge Carlos Fonseca, Cabo Verde e Senegal gozam de um “bom nível de cooperação”, mas enquanto países vizinhos e ligados por tradições históricas e culturais muito forte, “terão de reforçar as suas relações nos campos do desporto, da cultura, a nível universitário e da cooperação económica, ainda que num contexto de concorrência”.


Enquanto enviado especial do Presidente senegalês, Sikiki Kaba revelou que a missiva de Maky Sall enaltece a amizade, a fraternidade e os valores comuns aos dois países, marcado pela construção de uma democracia exemplar, pela estabilidade política, boa governança, progresso económico notável e uma verdadeira paz.


Nesta missiva, Senegal manifestou a intenção da criação de uma linha marítima com Cabo Verde, tendo Jorge Carlos Fonseca considerado como sendo fundamental para um País como Cabo Verde, que quer apostar na integração sub-regional e reforçar as relações com os países vizinhos.


“A área do transporte é fundamental, aéreos e marítimos. Este é o discurso. É a pretensão e são as exigências. Em todas as minhas intervenções na União Africana e na CECDEAO tenho dito que Cabo Verde pode estar com um défice de integração, mas os projectos da UA e da CEDEAO de desenvolvimento têm de ter em conta as especificidades de um País como Cabo Verde, um pequeno Estado insular”, enalte Jorge Carlos Fonseca, para quem torna-se necessário uma aposta clara nos transportes.


Por outro lado, reconheceu que Senegal se afigura como um grande concorrente de Cabo Verde na área de transporte aéreos e de plataformas de serviço no Sal, mas que Cabo Verde terá de ser audaz e determinado para poder encontrar o seu espaço de afirmação.


Jorge Carlos Fonseca, alerta, no entanto, que o País terá de trabalhar “com rapidez, perseverança e eficácia”, tendo criticado o facto “de se ter levado demasiado tempo entre pensar e decidir e muito mais tempo entre decidir e executar”, razão por que aconselha a “criação de uma cultura de execução e de resultado”.


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