Venezuela: Partido de Maduro ganha 17 dos 23 governadores de estados nas regionais
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no Governo) conquistou, nas eleições regionais de domingo, 17 dos 23 cargos de governadores de estado, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Os dados foram divulgados pela presidente do CNE, Tibisay Lucena, que
precisou terem sido contados 95,8% dos votos, faltando apurar os
resultados do estado de Bolívar. A taxa de participação foi de 61,14%,
acrescentou.
Segundo o CNE, o PSUV obteve maioria nos estados de Amazonas, Apure,
Arágua, Barinas, Carabobo, Cojedes, Falcón, Guárico, Lara, Miranda,
Monágas, Portuguesa, Sucre, Trujillo, Yaracuy, Delta Amacuro e Vargas.
Os estados de Anzoátegui, Nueva Esparta, Táchira, Mérida e Zúlia vão ser governados pela oposição ao regime de Nicolás Maduro.
A oposição perdeu o cargo de governador em estados importantes e considerados "ícones" opositores, incluindo, Miranda e Lara.
Ainda não foram apurados os resultados do estado venezuelano de Bolívar.
"Vitória nítida"
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebrou hoje o resultado das
eleições regionais de domingo, vincando que foi uma "vitória nítida"
para o "chavismo" que conquistou 75% dos cargos de governador do país.
"Temos 17 governações, uma vitória nítida. O chavismo arrasou, a oposição tem cinco. Reconhecemos os resultados", disse.
Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado
por vários candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
"Estendo a minha mão a cinco governadores da oposição, para trabalhar
pelas suas regiões", frisou, fazendo alusão a que cinco dos 23 Estados
da Venezuela vão ser governados por opositores.
"O meu chamado é à paz, porque acredito que é o único caminho para
recuperar a prosperidade económica e a estabilidade social", declarou o
Presidente venezuelano.
Maduro sublinhou que a Justiça "será aplicada aos governadores que "cruzem a linha".
Por outro lado, o Presidente felicitou os venezuelanos pelo "recorde de
participação", vincando que votaram dez milhões de eleitores, para
"dizer ao mundo que na Venezuela há paz", que "o caminho não é queimar
[provocar incêndios], nem "a violência".
"Esta vitória é uma proeza que tem dito não ao intervencionismo", frisou.