Funcionários denunciam assédio moral dentro da UNTC-CS

Funcionários desta que é a maior central sindical do país acusam sua Secretária Geral (SG), Joaquina Almeida, de violar os seus direitos de trabalhador. Tudo isto, dizem, promoveu um “ambiente hostil” dentro da instituição, a ponto de provocar o despedimento de um trabalhador e o auto despedimento de outra.

A Inspecção-Geral do Trabalho (IGT), segundo um documento oficial chegado à nossa redacção, já tem conhecimento do caso, tendo inclusive despoletado uma investigação que culminou na comprovação de factos denunciados. A União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde Central Sindical Sindicatos (UNTC-CS) incorre a uma multa de 540 contos.

Assédio moral 

As violações de Joaquina Almeida recaem sobre três funcionários. Uma, segundo dizem os nossos informantes, “foi obrigada” a pedir demissão por não querer continuar no serviço após um dia de humilhação e vexame na frente dos colegas. Outro, contam nossas fontes, foi vítima de “armadilhas”, que resultaram no seu despedimento.

Mas, o mais grave no entender das nossas fontes acontece a uma funcionária que ainda permanece no serviço. Esta, contam nossos informantes, além de ser substituída por uma estagiária no exercício de sua tarefas e discriminada em relação ao uso de equipamentos de serviço, foi transferida para um espaço sem mínimas condições humanas.

A mesma, continuam nossos informantes, foi alvo de insinuações perante vários dirigentes sindicais e colegas, de que poderia introduzir drogas no gabinete da Secretária-Geral ou em bebidas distribuídas nas reuniões. E como se não bastasse, prosseguem, viu sendo-lhe condicionado o acesso à casa de banho, “para não escutar as conversas de Joaquina Almeida”, quem a deixou de cumprimentar “por não merecer a sua confiança”.

IGT actua 

Entretanto, sabe este jornal que, tomando conhecimento das várias denuncias, a IGT, por sua vez, deu início a uma investigação que culminou na comprovação de alguns casos de violação do direito do trabalhador, dentro da UNTC- S. Sabemos também que a Central Sindical já foi notificada, desde o passado dia 6 de Outubro, e que incorre a uma multa de 36 salários mínimos, o que corresponde a 540 contos.

Tentamos ouvir Joaquina Almeida, mas as nossas tentativas de contacto se revelaram frustradas.

GSF