MpD considera que Cidade da Praia entrou “num preocupante rumo de retrocesso” por culpa de Francisco Carvalho
Numa conferência de imprensa convocada para se pronunciar sobre as declarações do de Francisco Carvalho, a propósito de um encontro promovido pelo Presidente da República, com os responsáveis do saneamento de Santiago, Alberto Mello (Beta) afirmou que passados apenad dez meses do mandato, o edil praiense está a recorrer a “teorias de conspiração” para tentar aguentar até ao final de mandato, no frágil poder, que ele mesmo construiu.
“Francisco Carvalho entrou num caminho sem retorno. O actual presidente da Câmara Municipal da Praia parte do pressuposto que todos conspiram contra ele e se concertam para o apear do poder o mais rápido possível. Nesta linha delirante, Carvalho encontra nos poderes públicos agentes activos de uma tal conspiração. É o Governo, o Tribunal de Contas e, agora, o próprio Presidente da República”, apontou.
O coordenador do Movimento para a Democracia (MpD) acrescentou que a este lote de “inimigos figadais”, o presidente da Câmara junta também os seus próprios camaradas de partido, fechando-se numa bolha de vitimização.
“Sentimos muita pena pelo estado a que chegou o presidente da Câmara Municipal da Praia”, disse Beta, frisando que ao fim de dez meses de mandato, Francisco Carvalho já não tem maioria na câmara municipal, perdeu a confiança política da parte dos seus próprios vereadores, e ataca em todas as frentes.
O coordenador do MpD na Praia acusa o edil de perseguição aos trabalhadores, de descartar técnicos qualificados, de parar obras, de permitir a ocupação desregrada da via pública, transformando a cidade numa lixeira a céu aberto e camuflando a sua incompetência com operações delirantes.
“Inventou operações ‘beta’ e ‘alfa’ e, mais recentemente, anunciou que ‘a revolução no saneamento na Praia já começou’. Ou seja, navega sem rumo, de delírio em delírio. É para todos evidente que, com Francisco Carvalho, a Cidade da Praia entrou num preocupante rumo de retrocesso e que, ao contrário do que se diz, não faz parte da solução, ele é o problema!”, anotou.
Alberto Mello realçou que o MpD sempre aceitou e respeitou o voto soberano dos praienses que, nas últimas eleições autárquicas, depositaram a sua confiança em Francisco Carvalho e na sua equipa, salientando que o bloqueio a que a Câmara Municipal da Praia chegou, não é da responsabilidade do MpD, que está em minoria nos dois órgãos do poder pocal.
“A responsabilidade é de uma única pessoa: Francisco Carvalho, que no interior do PAICV [Partido Africano da Independência de Cabo Verde) é já conhecido como ‘o imperador’, numa alusão à sua mentalidade persecutória e autoritária”, rematou.
No passado domingo, 08, edil praiense, Francisco Carvalho, disse à Inforpress que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, é parte de “concertação” para atacar a Câmara Municipal da Praia, adiantando que o recente encontro do Presidente da República com os profissionais do sector de Saneamento básico da ilha de Santiago foi pensado para atacar a autarquia praiense. A Semana com Inforpress