Greve dos vigilantes com adesão de cerca de 50% entre os cerca de 500 vigilantes da ilha São Vicente

Conforme a inforpress, a greve concentrou-se na Praça Dom Luís, no Mindelo, e teve a adesão de cerca de 50% entre os cerca de 500 vigilantes da ilha.
“Estivemos na mesa de negociação para ver se a greve seria suspensa, mas as empresas não apresentaram ao sindicato nenhuma proposta, é sempre a mesma conversa e temos uma lei que tem de ser cumprida”, sublinhou a representante, referindo-se ao não cumprimento do Preço Indicativo de Referência (PIR), que entrou em vigor no dia 1 de maio.
Heidy Ganeto assegurou que as empresas alegam que os próprios clientes não estão a cumprir o PIR, mas os vigilantes “não vão cair nesta situação”, tendo em conta que a maioria dos clientes são empresas públicas, “então é o próprio Estado a não cumprir”.
Neste sentido, sustentou, a greve, realizada esta segunda-feira e terça-feira, reivindica o cumprimento do PIR, mas também a mudança de categoria profissional” nas empresas empregadoras, por exemplo, Sepricav e Silmac, que “nunca deram nenhuma promoção aos trabalhadores”, alguns com 28 anos de trabalho.
O representante do Siacsa referiu que o salário neste momento é de 15 mil escudos e o mínimo da tabela aprovada, e que deveria ser paga a 31 de maio último, é de 17 mil e alguns vigilantes podem atingir mais de 22 mil escudos por terem mais de 12 anos de serviço.
“Porque existem muitos vigilantes que não estão a acreditar nesta luta e desde sexta-feira há vigilantes, que foram ameaçados por empresas”, assegurou Heidy Ganeto, apontando o exemplo da empresa Sepricav que “chamou alguns trabalhadores por serem associados a um outro sindicato”.
Mas, ajuntou, a greve não tem a participação somente de sindicalizados no Siacsa, porque “sabem que a greve é direito do trabalhador e não tem a ver com sindicato A ou B”.
Contudo, asseverou Heidy Ganeto, a adesão “não afetou tanto” o funcionamento dos serviços, porque “alguns postos estão descobertos, mas outros postos trabalham normalmente”,
O responsável do sindicato disse que já entregaram um processo no Tribunal por causa desta “falta de respeito” e acreditam ter direito a retroativos.
A greve termina nesta terça-feira à meia-noite.

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