Líder do PP denuncia suspeitas de corrupção no Hospital Agostinho Neto
Amândio Barbosa fez estas declarações à Inforpress , depois da reunião quinzenal da Direcção Nacional do partido, que decorreu, neste Domingo, 05, na cidade da Praia, para analisar a situação política nacional.
O presidente do PP falou de “indícios de corrupção” no Hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia, que vêm sendo denunciados pela população. Além do suposto desvio de 17 mil contos - contamos ouvir o CA do HAN sobre isso - circula rumores de um desfalque em que se suspeita estar envolvido um dos administradores que chegou a sair do país em gozo de férias – mas não nos foi possível confirmar essa informação e se o referido já regressou a Cabo Verde junto do actual Conselho da Administração do HAN.
Amândio Barbosa disse ainda que a Direcção Nacional do PP reflectiu sobre várias denúncias que vêm sendo feitas pela população relacionadas com a assistência médica e “ suspeitas de morte por negligência” nos hospitais do país.
Segundo ele, trata-se de “denúncias graves”, que exigem esclarecimento e apuramento de eventuais responsabilidades disciplinares ou criminais, já que são de interesse de todos os cabo-verdianos.
Seca e viagens de governantes
Durante o encontro, o Partido Popular analisou ainda os gastos do dinheiro público nas viagens e deslocações por parte dos governantes, visando a participação em eventos internacionais.
“Há denúncias de que o governo já gastou supostamente cerca de 400 mil contos em viagens e deslocações. O PP é crítico perante esta situação, nesta era digital em que muitas viagens e deslocações poderiam ser evitadas, com a realização de sessões de videoconferência em Cabo Verde”, adiantou à Inforpress.
Amândio Barbosa disse ainda que num país sem recursos, a poupança deveria ser uma das prioridades do governo e não “gastos exagerados”.
Referindo-se à segurança interna, revela que a DN do PP constatou demora no atendimento do serviço e na chegada tardia da Polícia Nacional quando é chamada a intervir, constituindo uma preocupação para a população.
Sobre o plano de emergência de mais de 700 mil contos aprovado pelo governo para fazer face ao mau ano agrícola no país, Amândio Barbosa defendeu que o montante deverá ser posto à disposição das Câmaras Municipais ou outras entidades públicas, em vez das associações comunitárias.
“Defendemos isso para evitar que venha acontecer o mesmo que aconteceu com o Fundo do Ambiente”, salientou o presidente do Partido Popular. C/Inforpress