Nova operação policial que envolveu 200 agentes resultou em detenção de 13 pessoas
Em comunicado, a Polícia Nacional explica que a operação especial de prevenção criminal, que se desenrolou durante quatro horas na segunda-feira, nos bairros de Achada Grande Trás, Marrocos, Vila Nova e Fundo Cobôn, resultou de mandados de busca domiciliárias e foram acompanhadas no terreno por um magistrado judicial.
Envolveram forças da Polícia Nacional dos comandos regionais de Santiago Sul e Maio, de Santiago Norte, do Corpo de Intervenção, da Guarda Fiscal e da Polícia Marítima, num total de cerca de 200 efetivos e 40 viaturas, conforme a Agência Lusa.
"Foram conduzidas à esquadra policial 13 indivíduos, dos quais sete foram detidos em flagrante delito, por crimes de posse de armas de fogo, estupefacientes e armas brancas", explica o comunicado, citado pela Lusa, acrescentando que foram ainda apreendidas armas de fogo de fabrico artesanal, televisores, telemóveis, munição, facas, catanas, tacos de basebol ou bastões policiais, entre outros. Durante a operação foram ainda fiscalizadas 158 viaturas, tendo sido 13 apreendidas por falta de documentação legal de circulação, tendo sido aplicadas 160.000 escudos de coimas.
Ainda de acordo com o documento, a Polícia Nacional deixou entender que sete suspeitos foram presentes ao Tribunal da Comarca da Praia e vão aguardar o desenrolar do processo em Prisão Preventiva.
De ressaltar que a capital caboverdiana vive desde o mês de Agosto, um pico de criminalidade, com assaltos violentos e homicídios, situação que já levou o Governo a admitir um reforço de meios para a polícia.
Convém sublinhar que o Primeiro ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou em 01 de Setembro a criação da figura do Secretário de Segurança Interna e pediu "mais efetividade" à Justiça, como forma de combater o pico de criminalidade que se regista na Praia, conforme a nossa fonte.
Também o diretor nacional da Polícia Nacional, Emanuel Moreno, reconheceu, ao apresentar os últimos indicadores, que Cabo Verde registou em Agosto um "pico de criminalidade", com crimes violentos, desavenças entre grupos rivais, roubos contra pessoas, furtos em residências e estabelecimentos comerciais, motivados "por regra" pelo consumo de álcool e produtos estupefacientes. Este responsável referiu que este aumento teve "impacto no sentimento de segurança dos cidadãos", apontando que foram registados 14 homicídios de janeiro a agosto na Praia. "Destes, sete ocorreram no mês de Agosto", cita a Lusa.