“Educação assume uma importância inigualável para um País como Cabo Verde”, Presidente da República

Jorge Carlos Fonseca alertou para a necessidade de se continuar a apostar na criação de um sistema educativo de referência nas áreas tecnológica, linguística e humanística que habilite a todos a compreender cada vez mais a realidade cabo-verdiana e outras, seus potenciais, oportunidades e limitações.

Na escola, explicitou, “é importante criar e fazer fecundar a semente das práticas democráticas da solidariedade, da tolerância e da liberdade, com uma aposta forte na educação para os direitos humanos, para a cidadania democrática”.

“É por esta via que criaremos condições para o desenvolvimento inclusivo, para estruturação de uma sociedade mais justa, mais livre, mais tolerante e pluricultural”, defendeu, sublinhando que a “Nação vai à escola com o firme propósito de fazer do Saber uma ferramenta essencial à busca do desenvolvimento, da integração social, da felicidade”.

Ao referir ao início do ano lectivo como uma das belas e raras ocasiões em que a Nação, na sua diversidade, se une, numa das suas mais importantes missões – a promoção do conhecimento – o Chefe de Estado disse que a educação tem o privilégio de por ela ser bafejado, uma segunda natureza.

“O Conhecimento continua a ser, sem dúvida, o caminho para a liberdade, para o desenvolvimento, para o bem-estar”, elucidou Jorge Carlos Fonseca, para quem “nunca o futuro do mundo esteve tão dependente da utilização adequada em termos políticos, sociais ou éticos do conhecimento, como na actualidade”.

O mais alto magistrado da Nação aproveitou a ocasião para alertar ao sistema educativo no sentido de se debruçar sobre as mudanças climáticas e o perigo que elas representam para a sobrevivência da humanidade.

“Na Escola devemos ensinar as nossas crianças e jovens que pequenos gestos como apagar as luzes, poupar água, reciclar os cadernos antigos são grandes gestos para a preservação do ambiente. Currículos que foquem questões climáticas, para além de ensinarem os jovens, fazem destes influenciadores, capazes de transformar comportamentos das suas famílias e comunidades”, orientou.

Para o Chefe de Estado, “no dia em que cerca de 134.000 alunos e mais de seis mil professores e profissionais não docentes, são a face mais visível da Nação, embrenhando-se no fascinante mundo do Conhecimento”, não se pode ignorar a complexa situação da pandemia da covid-19 que tem condicionado de forma particularmente intensa o sistema educativo.

A este propósito, asseverou que em todo o mundo, a educação foi dos sectores mais afectados por esta doença, acrescentando que “a suspensão das aulas e o recurso ao ensino à distância, desigualmente acessível a alunos e a professores, tiveram impacto negativo no processo de ensino e de aprendizagem.

Destacou “o empenho com que o Ministério da Educação tem equacionado os diferentes problemas do sector”, mas, saudou efusivamente”, também, os pais e encarregados de educação, os profissionais não docentes os professores e os alunos, sem se esquecer os sindicatos pelas suas reivindicações, de modo que, no diálogo com o poder político, as soluções sejam encontradas.

O ano lectivo 2021/2022 em Cabo Verde arrancou hoje com aproximadamente 130 mil alunos e seis mil professores em regime presencial e com carga horária completa após um ano e meio de suspensão devido à pandemia da covid-19. A Semana com Inforpress

Categoria:Noticias