Caso assassinato de alemão: Julgamento de ex-esposa e amante adiado sine die
O julgamento do casal suspeito pelo homicídio do alemão Karl Heinz Michael Gocht, encontrado sepultado a 22 de Abril passado, em Ribeirão Chiqueiro, São Domingos, está adiado para uma data ainda não definida. Alegadamente alguns requisitos não foram cumpridos durante a instrução do processo.
Ana Barbosa e Carlos Gonçalves deveriam começar a ser julgados nesta segunda-feira, pelo Tribunal da Praia, e não pelo de São Domingos, como se estava à espera. Mas “questões prévias”, levantadas pela defesa dos arguidos, ditou o adiamento do julgamento. Segundo uma fonte forense, “alguns requisitos não foram cumpridos durante a instrução do processo, pelo que o Juiz irá pedir que sejam cumpridos e depois marcar uma outra data”.
Karl Heinz Michael Gocht, conhecido por “Miguel”, 59 anos, natural da Alemanha e residente na Cidadela, Cidade da Praia, terá sido assassinado, à paulada, pela ex-mulher, Ana Barbosa, com quem estava em processo de separação e partilha dos bens, e pelo namorado desta, Carlos Gonçalves. Ambos foram denunciados pelos familiares de Ana e foram, de imediato, detidos pela Polícia Judiciária.
As autoridades foram alertadas quando um jovem, que se encontrava à procura dos seus animais, descobriu a macabra situação. Esse mesmo jovem alertou, de imediato, o guarda de uma pedreira que fica nas proximidades do local, que, por sua vez, informou a Polícia Nacional. A remoção do cadáver levou mais de duas horas, uma vez que os bombeiros de São Domingos tiveram que escavar com muito cuidado, a fim de evitar outros ferimentos, pois o corpo seria remetido aos exames dos peritos da Medicina Legal e PJ.
Sabe-se ainda que um guarda viu, por volta das 23 horas, de sexta, 21, para sábado, 22, o farol de um carro aceso no local onde foi encontrado o corpo e, conforme dados apurados, as marcas das rodas no terreno denotam ser de um Jeep.
A Polícia científica revelou que na sequência de diligências levadas a cabo, localizaram o local do crime como sendo a residência da própria vítima, que foi “devidamente inspecionada”, tendo os supostos autores materiais do crime sido apresentados ao tribunal, para o primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.