Cabo Verde é o país africano mais bem preparado para enfrentar crime organizado

De acordo com a Lusa que cita o relatório hoje publicado, com dados referentes a 2020, Cabo Verde obteve uma média de 6,33 pontos no indicador de resiliência, que calcula, através de vários parâmetros, a capacidade de resposta ao crime organizado.

“A pontuação de resiliência reflete a existência, capacidade e eficácia das respostas do país ao crime organizado. A capacidade de resiliência e a eficácia são avaliadas num esforço de analisar o nível a que os estados estabeleceram os quadros legais, políticos e estratégicos apropriados para responder ao crime organizado”, refere o relatório, hoje divulgado pela organização sediada em Genebra, Suíça.

Para se chegar a este valor, são classificados 12 parâmetros: liderança política e governação, transparência governamental e responsabilização, cooperação internacional, políticas e leis nacionais, sistema judicial e detenção, execução da lei, integridade territorial, sistemas anti lavagem de dinheiro, ambiente de regulação económica, apoio a vítimas e testemunhas, prevenção, e agentes não-estatais.

Calculando a média dos valores alcançados nestes parâmetros, Cabo Verde atingiu os 6,33 pontos (numa escala entre um e dez), liderando o continente neste aspeto.

Segundo a mesma fonte, entre os parâmetros considerados, o arquipélago destaca-se nos campos da cooperação internacional (8,5), da integridade territorial (7,5), das políticas e leis nacionais, do sistema judicial e detenção e da ação de agentes não-estatais (os três com 7,0 pontos).

Quanto aos restantes países africanos de língua oficial portuguesa, São Tomé e Príncipe totaliza 4,92 pontos (13.º lugar entre os 54 Estados africanos), Angola alcança os 4,42 pontos (19.º), Moçambique soma 3,29 pontos (32.º), Guiné-Bissau contabiliza 2,42 pontos (44.º) e a Guiné Equatorial, o último lusófono do ‘ranking’ (49.º), obteve 2,17 pontos.

Assim, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola são os únicos PALOP a estar acima da média continental no campo da resiliência ao crime organizado, que em 2020 se situou nos 3,8 pontos, refere a Lusa.

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