Surto de conjuntivite e infecções da pele preocupam delegado de saúde - Brava
Nova Sintra, 29 Set (Inforpress) – O delegado de saúde da ilha Brava, Júlio Barros, demonstrou hoje a sua preocupação com o surgimento e aumento de casos de conjuntivite, infecções da pele e pacientes com quadro clínico de diarreia e vómito.
Em declarações à Inforpress, o médico adiantou que neste momento a ilha já registou cerca de 20 casos de conjuntivite, ressaltando que os primeiros casos surgiram em crianças de d2 anos, mas que agora já há casos em recém-nascidos e em pessoas adultas.
Além da conjuntivite, o responsável anunciou que a Delegacia de Saúde tem atendido vários casos de pacientes com vómito e diarreia, lesões dermatológicas, apontando a dermatite e piodermite.
O médico destacou ainda que há registo de crianças hospitalizadas com a piodermite infectada.
Ainda sobre as infecções na pele, apontou que a ilha possui vários casos de infecções de escabiose e normalmente as pessoas têm estado a confundir esta infecção com a dermatite.
Perante estas situações clínicas que assolam a ilha, Júlio Barros apontou que a sua maior preocupação é a nível dos medicamentos, pois segundo a mesma fonte, neste ritmo os antibióticos oftalmológicos correm o risco de se esgotar, tanto na Delegacia de Saúde como na única farmácia existente na ilha.
Daí, avançou que têm trabalhado na orientação dos pacientes, incentivando-os a lavar sempre as mãos, e no caso da conjuntivite, fazer o fomento com água fria e não deixarem até o último momento para procurarem os serviços médicos.
Segundo o responsável, ao deixarem estas situações se agravar, isso vai exigir mais tempo para a recuperação, relembrando que neste momento é o único médico que se encontra na ilha desde meados do passado mês de julho.
Quanto às situações das infecções na pele, disse que há um dermatologista que está a trabalhar com a Delegacia e sempre tem vindo a orientar os tratamentos, recomendando aos pacientes banhos com algumas plantas, como são caetano, folhas de goiabeira e folhas de congo.
Explicou que o fomento é feito por três dias e depois são receitadas as pomadas tópicas que ajudam na cicatrização e melhoria.
Nos casos que os paciente não apresentam melhorias, avançou que são hospitalizados, no sentido de serem seguidos da melhor forma.