Chuva de contestações à decisão de Trump sobre Jerusalém
O presidente dos Estados Unidos prepara-se esta quarta-feira para anunciar a transferência da embaixada de Telavive para Jerusalém e reconhecer a cidade santa como capital de Israel. Nas últimas horas, têm chovido reações a condenar a decisão de Trump.
Foi uma promessa eleitoral do presidente norte-americano e o anúncio do
reconhecimento dos EUA de Jerusalém como capital de Israel deve ser
feito num discurso esta quarta-feira.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, o Rei Abdullah
da Jordânia, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi e o Rei da
Arábia Saudita, receberam telefonemas de Trump na terça-feira e
demonstraram desde logo o seu desagrado.
O representante da Palestina para o Reino Unido, Manuel Hassassian,
disse numa entrevista à rádio BBC, que Trump “está a declarar uma guerra
ao médio-oriente contra 1,5 biliões de muçulmanos e centenas de milhões
de cristãos".
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, considerou a que a decisão dos
Estados Unidos é “um sinal da sua incompetência e falhanço”.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, convidou os líderes
muçulmanos para uma reunião em Istambul no próximo dia 13 de dezembro. O
primeiro-ministro, Binali Yldirim, que se encontra de visita a Seul,
instou o presidente norte-americano a reconsiderar a sua decisão.
O Papa Francisco afirmou que o reconhecimento dos direitos humanos na Terra Santa é essencial para o diálogo.