Governo anuncia que vai investir cerca de 10 milhões de euros em equipamentos e materiais médico-hospitalares
O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou que o Governo vai vai investir cerca de 10 milhões de euros em equipamentos e materiais médico-hospitalares. Uma medida que, segundo ele, terá impacto positivo sobre a redução de evacuações internas, nomeadamente as derivadas de exames complementares de diagnósticos que são a maior causa de evacuações. O pacote de investimentos será na aquisição de equipamentos e materiais médico-hospitalares, no montante de 10 milhões de euros, a concretizar no primeiro semestre de 2018.
O Chefe do Executivo cabo-verdiano falava durante a abertura oficial do Seminário Nacional: “A Segurança Social em Cabo Verde: Alicerçando o presente, construindo o futuro”, esta terça-feira, 5, na cidade da Praia, disse que o Governo irá fechar uma solução estruturada, através de um avião da guarda costeira, equipado para o devido efeito, para garantir que as evacuações sejam feitas em melhores condições.
Conforme Ulisses Correia e Silva, para os cerca de 21% da população do país que tem algum tipo de deficiência, implicando em muitos casos, dependência física, económica e social, o Estado irá aprovar um Sistema Estruturado de Prestações Sociais a essas Pessoas com Deficiência, abrangendo a protecção social, a saúde, a educação, a formação profissional, a habitação e os transportes.
“O Estado não pode ignorar esta realidade, assim como em relação às
crianças e aos idosos, deixando que estes segmentos da população mais
vulneráveis fiquem apenas sob a responsabilidade das famílias”, admitiu o
Primeiro-ministro, lembrando que, recentemente, foi aprovado um Plano
Nacional de Cuidados dirigido às famílias com dependentes crianças,
pessoas com deficiência e idosos.
Trata-se de um Plano orientado para implementar cuidados sociais básicos
como a alimentação, o vestuário, a higiene e a autonomia.
Reforma e alargamento da cobertura social
Ulisses Correia e Silva garantiu, igualmente, que a reforma da segurança social continuará a ser implementada na linha definida no Programa do Governo, orientada para uma proteção social justa e equilibrada e para a sustentabilidade financeira do sistema a longo prazo.
Neste sentido, disse que o Governo perseguirá com “determinação” o objetivo de aumentar significativamente a taxa de cobertura da proteção social obrigatória, que representa apenas 40%.
“É uma prioridade atuar sobre esta situação através de medidas eficazes de maior formalização da atividade económica e de maior fiscalização. Estender a proteção social a toda a população economicamente ativa é um desafio que deve ser vencido”, comprometeu-se o Primeiro-ministro.