Milhares de palestinianos nas ruas contra decisão de Trump
Dezenas de palestinianos ficaram feridos em confrontos em Gaza e em várias localidades da Cisjordânia, durante protestos contra a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Durante a tarde desta quinta-feira, as sirenes tocaram na cidade de Ashkelon, no sul do Estado hebraico, depois do lançamento de dois rockets a partir da Faixa de Gaza.
Na cidade de Belém, as tropas israelitas dispararam canhões de água e lançaram granadas de gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação. Em Ramallah, onde se situa a sede da Autoridade Palestiniana, manifestantes incendiaram pneus, o que provocou uma densa camada de fumo sobre a cidade.
Na Cisjordânia, os manifestantes também incendiaram pneus e lançaram pedras contra as forças antimotim.
Na Faixa de Gaza, vários populares queimaram fotografias de Donald Trump
e de Benjamin Netanyahu e bandeiras dos EUA e de Israel.
Nos territórios palestinianos, escolas e lojas não abriram esta
quinta-feira, o primeiro de “três dias de ira” em protesto pela decisão
de Trump.
Os palestinianos esperam fazer da porção oriental de Jerusalém a capital de um futuro Estado.
Em vésperas de orações muçulmanas de sexta-feira, mais de uma centena de
pessoas concentraram-se num protesto pacífico junto à Porta da Damasco,
uma das principais portas da Cidade Velha de Jerusalém, onde se situa a
mesquita de Al-Aqsa.
Protestos na Tunísia e na Jordânia
A decisão do Presidente dos Estados Unidos está também a ser contestada
em diversas cidades da Tunísia e na capital da Jordânia, Amã.
Em Tunes, capital tunisina, várias centenas de pessoas responderam à
convocação dos partidos de esquerda e de grupos islâmicos e protestaram
contra a decisão de Trump.
“Somos todos muçulmanos” e “Trump amaldiçoado” foram algumas das frases de ordem entoadas pelos manifestantes.
Um jornalista da France Presse relatou que entre 100 a 200 pessoas
tentaram dirigir-se até às instalações da embaixada dos Estados Unidos,
mas foram impedidos pela polícia.