PN aponta despiste seguido de colisão com táxi como causa de acidente que vitimou Dukinha

O chefe da divisão de trânsito da Polícia Nacional, em São Vicente, afirmou, hoje, que um despiste seguido de uma colisão com um táxi foi a provável causa do acidente que vitimou o ex-futebolista cabo-verdiano Dométio Spencer.

Maurino Neves falava à imprensa após o levantamento que a PN fez na estrada do aeroporto internacional Cesária Évora, próxima à rotunda onde ocorreu o acidente.

Conforme Maurino Neves, a Honda Civic, que transportava Dométio Spencer, junto com outros dois jogadores da Selecção Nacional de Futebol, Carlos Rodrigues (Ponk) e Helder Tavares, despistou-se e colidiu na parte lateral posterior de um táxi, que estava a transitar no mesmo sentido – cidade aeroporto – depois, desviou-se e captou até cair numa ribanceira.

“Pelo levantamento que fizemos, do início do despiste até onde a viatura foi imobilizada, percorreu uma média de 72 metros, pelos rastos de travagem que achamos no local e nas evidências no terreno”, explicou a mesma fonte, acrescentando que a Polícia foi accionada por volta das 05:30 para tomar conta da ocorrência.

Concretamente, segundo o responsável, o carro teria percorrido uma distância de 50 metros, colidiu com o táxi arrastando o táxi por alguns metros e depois caiu na ribanceira o que totalizou uma distância de 72 metros.

Segundo Maurino Neves, quando a polícia chegou ao local do acidente encontrou apenas um jovem de 32 anos, que conduzia o veículo e que foi transportado para o Hospital Baptista de Sousa e Dukinha, de 42 anos, que foi declarado morto.

Os outros atletas da Selecção Nacional de Futebol, Carlos Rodrigues (Ponk) e Helder Tavares, que estavam no veículo, iam apanhar o voo da TAP para Lisboa, depois de terem jogado, este domingo, no Estádio Adérito Sena, em São Vicente, contra a selecção da Libéria, para apuramento ao Mundial de 2022. Mas, acrescentou que, quando a PN chegou, estes já não estavam no local e, por isso, tiveram que fazer outras diligências.

“Depois do ocorrido dirigiram-se para o hotel onde estavam hospedados. As informações que tivemos com o médico da selecção é que clinicamente estão estáveis”, adiantou o chefe da divisão de trânsito da Polícia Nacional que acredita que os atletas tomaram esta atitude por causa do choque que tiveram.

“Devido ao estado de choque em que ficaram talvez entenderam que até à chegada dos bombeiros deveriam apanhar um carro e ir para junto da selecção que tem médico”, analisou.

Sobre o jovem de 32 anos, que conduzia o carro, e que está internado no HBS, o director clínico, Paulo Almeida, afirmou que a sua situação é estável.

“Neste momento vai ser internado no serviço de cirurgia com lesões a nível da parte do pescoço e no couro cabeludo. São feridas sem sinais de gravidade. Vai ser avaliado por outras especialistas para saber o seu estado geral, mas não inspira cuidados acrescidos. Vai ficar somente internado para fazer o tratamento que deve ser feito nesses casos”, explicou o médico.

Quanto à vítima mortal deste acidente, o director clínico do HBS revelou que a mesma deu entrada na unidade hospitalar, por volta das 06:35, já sem sinais de vida. Pelo que, avançou, “provavelmente faleceu no local do acidente ou durante o transporte até o hospital”.

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