Tropas de Damasco rompem cerco imposto por radicais islâmicos em Harasta
As forças sírias romperam hoje o cerco imposto por radicais islâmicos a um edifício da povoação de Harasta, norte de Damasco, onde se encontravam soldados governamentais, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
De acordo com as últimas informações, as tropas leais ao presidente
sírio, Bashar al Assad, tentam, neste momento, ampliar um corredor de
acesso ao edifício da Administração de Veículos de Harasta e estabelecer
um perímetro de segurança na zona.
A ofensiva militar está a ser comandada pela IV Divisão das Forças Armadas, um corpo de elite do exército sírio.
No domingo à noite, a agência de notícias oficial SANA anunciou que os
efetivos governamentais tinham conseguido romper o cerco "imposto por
terroristas e grupos takfiri (radicais islâmicos)" ao edifício da
Administração de Veículos, após uma "batalha que causou dezenas de
baixas entre as forças inimigas".
A agência SANA acrescentava que pouco depois de o cerco ter sido
rompido, as autoridades deram início a uma nova ofensiva para alargar o
perímetro de segurança em torno da área.
O edifício encontrava-se sitiado pela Organização para a Libertação do
Levante, que integrava a aliança do antigo braço da Al Qaeda no país -- e
membros dos grupos Legião da Misericórdia e Movimento Islâmico de Sham,
desde o passado dia 31 de dezembro.
No último dia de 2017, os radicais islâmicos lançaram um ataque em
Harasta e Arbin, na região de Guta Oriental, arredores de Damasco,
contra posições das forças governamentais.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização
não-governamental com sede em Londres, as hostilidades já provocaram a
morte a 72 soldados governamentais e 87 radicais islâmicos, desde o
final do passado mês de dezembro.