Ministério Público abre processo-crime contra o advogado dos arguidos da “Operação Zorro”

A abertura deste processo crime vem na sequência das declarações públicas do advogado, Osvaldo Lopes Lima, com escritório no Mindelo, que acusou o Ministério Público de “forjar provas” para manter os arguidos na cadeia.


O Ministério Público abriu um processo-crime contra o advogado dos arguidos da “Operação Zorro”, na qual foram apreendidos, em Agosto de 2017, mais de mil quilos de droga num veleiro atracado no porto do Mindelo, em Cabo Verde.


A abertura deste processo crime vem na sequência das declarações públicas do advogado, Osvaldo Lopes Lima, com escritório no Mindelo, que acusou o Ministério Público de “forjar provas” para manter os arguidos na cadeia.


“Tendo o advogado de dois arguidos, em entrevista pública, referido que “o Ministério Público anda a forjar provas para incriminar inocentes, e porque nos termos do sistema de justiça cabo-verdiana quem imputar a outrem, com manifesto desprezo pela verdade, a prática de um crime deve prova-lo, e estando em causa factos susceptíveis de ofenderem a credibilidade, consideração e confiança devidas à instituição Ministério Público, foi determinado abertura de processo-crime contra o autor de tal afirmação, por crime de ofensa a pessoa colectiva”, justificou hoje o Ministério Público de Cabo Verde, no seu site.


No passado dia 23 de Agosto, na sequência de uma busca efectuada ao veleiro Rich Harvest, de bandeira britânica, que se encontrava atracado na Marina do Mindelo, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal do Mindelo, apreendeu 1157 quilogramas de cocaína.


A droga encontrava-se acondicionada em 1063 pacotes e na operação a PJ deteve quatro indivíduos de sexo masculino, com idade compreendida entre os 25 e 49 anos, três dos quais de nacionalidade brasileira e um de nacionalidade francesa, por suspeita da prática de tráfico de estupefacientes.


Presentes ao juiz para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medida de coação, dois dos detidos ficaram a aguardar os trâmites ulteriores do processo em prisão preventiva, ao passo que aos restantes dois foi aplicado termo de identidade e residência.


Inforpress


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