Estados Unidos e aliados defendem reforço da vigilância marítima
Os Estados Unidos e aliados defenderam hoje, no final de uma reunião em Vancouver sobre a ameaça nuclear da Coreia do Norte, um reforço da vigilância marítima para impedir Pyongyang de fugir às sanções em vigor.
Os representantes de cerca de 20 países, incluindo do Japão e da Coreia do Sul, reunidos no Canadá, apoiaram "um reforço da proibição marítima para impedir transferências de navio para navio", feitas para fugir aos controlos e obter fornecimentos ilegais, declarou o secretário de Estado norte-americano.
Rex Tillerson garantiu, em conferência de imprensa, que ninguém quer "interferir nas atividades marítimas legítimas".
Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Chrystia Freeland, declarou que os 20 países participantes "não procuram uma mudança de regime [na Coreia do Norte] ou o seu fim".
No final do encontro, Freeland acrescentou que os 20 Estados concordaram "trabalhar em conjunto para que as sanções [contra o regime de Pyongyang] sejam rigorosamente aplicadas".
As 20 nações, que debateram medidas contra o programa nuclear norte-coreana, sublinharam a necessidade de resolver esta crise através da diplomacia.
Tillerson afirmou que também os Estados Unidos procuram uma resolução diplomático para a situação com a Coreia do Norte, mas sublinhou que Pyongyang ainda tem que mostrar ser "um parceiro credível para negociações", acrescentando que um diálogo entre os Estados Unidos e o Norte vai exigir "uma suspensão continuada" das ameaças de Pyongyang
O responsável norte-americano escusou-se a comentar se a Casa Branca está a considerar ações militares contra Pyongyang, mas sublinhou que Washington não aceitará "uma Coreia do Norte com armas nucleares".
No mesmo encontro, agendado antes da primeira reunião intercoreana em dois anos, a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-coreana, Kang Kyung-wha, afirmou que as conversações com a Coreia do Norte são um "primeiro passo significante para restaurar as relações" entre os dois vizinhos.
Apesar da abertura, Pyongyang ainda tem de mostrar a intenção de cumprir as suas obrigações no âmbito da desnuclearização da península coreana, reiterou.
Seul e Pyongyang reiniciaram, a 09 de janeiro, os encontros bilaterias, os primeiros em dois anos, e o Norte aceitou participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, que vão decorrer no Sul.
Já o representante japonês, o chefe da diplomacia nipónica, Taro Kono, mostrou-se cético em relação às intenções norte-coreanas. O Norte "quer ganhar algum tempo para continuar com os programas nuclear e de mísseis".