Pelo menos 22 corpos retirados de hotel atacado em Cabul

O hotel de Cabul, no Afeganistão, foi atacado neste fim de semana pelos talibãs. Alguns dos 22 corpos estão calcinados, pelo que serão difíceis de identificar, diz relatório do Ministério da Saúde.

Pelo menos 22 corpos foram removidos do hotel de Cabul, no Afeganistão, atacado neste fim de semana pelos talibãs e alguns serão difíceis de identificar por estarem calcinados, de acordo com um novo relatório do Ministério da Saúde.

“Vinte e dois corpos foram levados para hospitais, especialmente para serem identificados. Alguns desses corpos estão tão calcinados que serão precisos testes de DNA para reconhecê-los”, disse à Agência France Presse (APS) Wahid Majroh, porta-voz do ministério.

O anterior relatório oficial do Ministério do Interior indicava a existência de 18 mortos, incluindo 14 estrangeiros, e 10 feridos.

O ataque de sábado teve como alvo o Hotel Intercontinental em Cabul, uma unidade hoteleira de luxo que é muito frequentada por estrangeiros e por políticos afegãos, e só terminou mais de 12 horas depois.

Um grupo de atacantes entrou no hotel pouco depois das 21h00 locais (17h30 de Lisboa) de sábado e fez explodir uma granada para abrir caminho antes de começar a disparar sobre seguranças e clientes.

Depois, seguiram-se intensas trocas de tiros entre as forças de seguranças afegãs e os insurgentes que se prolongaram por várias horas.

Em junho de 2011, este mesmo hotel foi alvo de um ataque também reivindicado pelos talibãs, que fez 21 mortos.

Os corpos dos seis atacantes, mortos no assalto às forças especiais, foram mantidos separados dos das vítimas, de acordo com declarações de um oficial de inteligência afegão (NDS) à AFP.

De acordo com os media locais, o número de mortos relatado é de dez, mas o canal de televisão Tolo News aponta para “43 mortos, de acordo com fontes credíveis”.

A maioria dos feridos foram transportados para o hospital militar de Cabul, entretanto interditado à imprensa, de acordo com o Ministério da Saúde

O porta-voz do Ministério do Interior, Nasrat Rahimi, disse à AFP que “o comando usava pistolas, kalashnikovs e granadas e um deles usava um colete explosivo”.

A maioria das vítimas foram mortas a tiro, mas outras morreu na sequência do incêndio que deflagrou no quarto andar do edifico depois de o ataque ter começado.

De acordo com uma fonte da segurança, “dois dos atacantes haviam passado a noite no hotel, registados como clientes”.

Um dos funcionários do restaurante, Hasibullah, de 24 anos, que foi ferido na operação, disse à Tolo News que “dois homens em roupas simples” o chamaram “para pedir o jantar, antes de abrir fogo com kalashnikovs e matar vários clientes “.

Os talibãs reivindicaram o ataque num comunicado, alegando ter matado “dezenas de estrangeiros”.

Em junho de 2011, o mesmo hotel foi alvo de um ataque também reivindicado pelos talibãs, que fez 21 mortos.



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