Taxistas prosseguem nesta terça-feira com manifestação na Praia: Bloqueiam a Capital em protesto contra medidas decretadas pela Câmara Municipal


Promovendo um desfile de carros integrado só por táxis, o cortejo, que foi intercalado com “buzinões”, iniciou-se no bairro de Terra-Branca, indo terminar na Praça Alexandre de Albuquerque, no centro do Plateau, mesmo defronte aos Paços do Concelho.

Conforme apurou a Inforpress, o pomo da discórdia reside no facto de os serviços da CMP terem decretado como “documento invalido”, as procurações, peça que faz parte do rol da documentação exigida para efeitos de renovação e atribuição de licenças para exploração de serviço público de táxis.

Este facto provocou fúria nos taxistas que resolveram desfilar-se hoje, empunhando dísticos e cartazes com “slogans” variados, entre eles, “Povo, sempre tem razão”, “Procuração é legítimo, é Documento válido em todo o Mundo”.

Em declarações à imprensa, o presidente da Associação dos Taxistas da Praia, João Antunes, explicou que decidiram se manifestar contra a “resistência do presidente da Câmara Municipal da Praia em não aceitar o que por lei é aceite”.

De acordo com Antunes, o presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, está a fazer “finca-pé” em aceitar as procurações, como forma de “caçar” as licenças na posse das pessoas.

Entretanto, o presidente da Associação dos Taxistas da Praia “repudia” tal atitude que alega ter vindo a ser uma prática decorrente, lembrando, em contrapartida, que “a procuração é um documento legal”.

João Antunes lembrou também que, com esta manifestação, a classe dos taxistas está a lutar contra o desemprego, pelo que sugere o recenseamento dos taxistas, para se inteirar da sua legalidade, em detrimento de “cassação das licenças”.

O representante dos taxistas explicou também aos jornalistas sobre uma questão trazida à liça pelo presidente da câmara municipal, alegando que muitas das licenças atribuídas tenham sido vendidas depois a um preço exorbitante.

Sobre este assunto, João Antunes considera que tem havido alguns equívocos e explicou que quando se fala em “vender licenças a um preço exorbitante”, as pessoas não sabem que o preço a que referem “envolve a própria viatura mais a licença do aluguer”.

Mesmo assim, João Antunes foi avançando que a associação vai acautelar-se no sentido de se “impugnar a deliberação da CMP”, porquanto, esta medida vai prejudicar muitas pessoas.

Contudo, indicou que estão abertos ao diálogo possível, mas também determinados em “não baixar os braços” em defesa da classe, que “repudia veementemente” a determinação da CPM “caçar” as licenças para depois atribuí-las através de concurso.

Nesta manifestação de protesto levada a cabo hoje, na Cidade da Praia, os taxistas tiveram o apoio da central sindical, União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde (UNTC-CS), tendo com a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, se manifestado, na ocasião, “preocupada com esta situação”, asseverando que a Cidade da Praia tem cerca de 800 táxis em funcionamento e que centenas de famílias dependem “deste ganha pão”.

Segundo afirmou Joaquina Almeida, esta organização sindical, enquanto representante dos trabalhadores, sugere ao edil da Praia, Óscar Santos, “a ter mais equilíbrio e moderação na sua decisão”, lembrando ainda ao autarca “que a procuração é um documento legal”. C/ Inforpress


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