Florida. Trump dá primeiro passo para travar armas modificadas
Postado
21/02/2018 07H34
O Presidente
norte-americano anunciou esta terça-feira que deu seguimento a um
memorando onde dá instruções ao Departamento de Justiça para banir os
dispositivos que permitem modificar armas. A decisão surge na sequência
do ataque numa escola de Parkland, Florida, na última quarta-feira, onde
morreram 17 pessoas. A ocorrência de mais um ataque mortífero em solo norte-americano motivou
um novo debate sobre o acesso a armas e a prevenção de tiroteios em
massa. Donald Trump anunciou esta terça-feira que requereu ao
procurador-geral Jeff Sessions a proibição de dispositivos que
transformem armas semi-automáticas em armas de disparo contínuo.
Foi este o sistema utilizado pelo atirador de Las Vegas no passado mês
de outubro, naquele que foi o tiroteio mais mortífero da história dos
Estados Unidos, com um total de 58 vítimas mortais. Na altura, a Casa
Branca e a National Rifle Association (NRA) mostraram-se disponíveis
para discutir a proibição destes mecanismos que tornam as armas mais
letais, uma intenção que até ao momento não se traduzira em nenhuma
medida.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, o Presidente
norte-americano anunciou que iria pedir ao Departamento de Justiça a
elaboração de uma lei que proíba e torne ilegais os mecanismos de
alteração das armas de fogo.
"Temos de fazer mais para proteger as nossas crianças", reiterou Donald
Trump, que prometeu discutir ainda esta semana a situação de segurança
nas escolas norte-americanas. "Espero que a nova regulação seja
finalizada muito em breve", acrescentou.
Nos Estados Unidos, a venda de armas automáticas é proibida. No entanto,
nada na legislação impede a compra de dispositivos que transformam
espingardas semi-automáticas em armas de disparo contínuo.
Segundo a BBC,
estes mecanismos estão disponíveis no mercado, custam cerca de 100
dólares (80 euros) e podem ser adquiridos sem que seja necessária
qualquer verificação de antecedentes criminais.
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