Governo de Damasco acusado de usar gás de cloro em Ghouta Oriental
A organização capacetes brancos acusa as forças leais ao Presidente Bashar al-Assad de usar gás de cloro nos mais recentes bombardeamentos de Ghouta Oriental, um subúrbio da capital síria dominado por grupos armados anti-Assad.
Nas últimas horas, o Governo sírio terá intensificado os bombardeamentos
contra o enclave numa tentativa de abrir caminho às forças terrestres
leais a Assad.
Pelo menos 10 civis morreram nos novos ataques, afirma a ONG OSDH,
Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseada em Londres. Entre
as dez vítimas mortais encontram-se nove membros de uma mesma família,
incluindo três crianças.
Já o gás de cloro terá sido utilizado domingo, de acordo com
responsáveis médicos locais. Os capacetes brancos falam em dezenas de
pessoas com dificuldade em respirar.
Na sua página da rede Twitter, a organização diz que uma criança morreu devido à inalação do gás.
A oposição síria refere por seu lado que pelo menos 18 pessoas tiveram
de receber assistência respiratória no hospital de Al-Shifaniyah.
O comunicado da oposição síria acrescenta que os sintomas apresentados
são consistentes com "exposição a gás de cloro", tais como "dispneia,
irritação intensa das membranas mucosas, irritação dos olhos e
tonturas".
Moscovo, aliado de Damasco, já refutou as alegações.
Os bombardeamentos de domingo terão feito pelo menos 27 mortos, afirma
um resporter da Al Jazeera, presente no local. Mohammed Al Jazaeri diz
que os bombardeamentos têm atingido "vários bairros e distritos através
da cidade".