Tribunal. Abdeslam culpado de tentativa de homicídio
A Justiça belga condenou Salah Abdeslam a 20 anos de prisão pela tentativa de homicídio de forças especiais em contexto terrorista durante um tiroteio em Bruxelas, a 15 de março de 2016. Sofien Ayari foi também condenado a 20 anos de prisão.
Na altura, Salah Abdeslam, Sofien Ayari e Mohamed Belkaid foram
encurralados pelas forças especiais belgas. As autoridades foram
recebidas a tiro quando bateram à porta do apartamento da Rua du Dries à
Forest, onde se escondia.
Dispararam 34 tiros, atingindo três membros das forças de segurança, que
ficaram feridos. Mohamed Belkaid morreu, mas Salah Abdeslam e Sofien
Ayari conseguiram escapar, tendo sido capturados três dias depois em
Molenbeek.
Salah Abdeslam continua detido numa prisão francesa onde aguarda também
julgamento pelo envolvimento no ataque do autoproclamado Estado Islâmico
em Paris, em novembro de 2015, que fez 130 mortos e centenas de
feridos. É o único suspeito deste ataque que continua vivo.
Abdeslam recusou-se a responder às questões do juiz durante o julgamento
em Bruxelas, recusando-se também a marcar presença nas audiências.
A sentença foi lida esta segunda-feira de manhã. Abdeslam foi ainda
condenado a pagar 12 mil euros de multa, 25 euros ao fundo de ajuda às
vítimas e uma indemnização de 50 euros. Fica ainda privado dos direitos
como cidadão durante dez anos.
No caso de Sofien Ayari, foi condenado a 20 anos de prisão e ao pagamento de 12 mil euros de multa.
Nem Ayari nem Abdeslam marcaram presença na leitura da sentença, esta
segunda-feira. Ambos foram condenados a uma pena máxima de 20 anos, tal
como tinha sido pedido pelos procuradores.
O juiz deste caso considera que "não há qualquer dúvida" sobre a radicalização dos dois homens.
(em atualização)