Declaração de Paz sela cimeira histórica na Península Coreana

Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul assinaram esta sexta-feira, no culminar de uma cimeira de elevado peso histórico, um documento que abre caminho à “completa desnuclearização da Península Coreana” e à cessação dos “atos hostis” entre os dois países. Na Declaração de Paz, Prosperidade e Unificação de Panmunjon, Kim Jong-un e Moon Jae-in proclamam o advento de “uma nova era”.

"A Coreia do Sul e a Coreia do Norte confirmam o objetivo comum de conseguir obter, por meio de uma desnuclearização total, uma Península Coreana não-nuclear", afirmam Kim Jong-un e Moon Jae-in na declaração conjunta.

"Não haverá mais guerra na Península Coreana", proclama o texto.

De acordo com a declaração, as duas Coreias irão procurar um "regime" de paz para "pôr fim à guerra", a ser assinado ainda este ano, 65 anos após o fim das hostilidades.

Os dois governos anunciaram ainda que o Presidente sul-coreano irá à capital do norte, Pyongyang, durante o outono, mas sem referir datas concretas.

Está também previsto um encontro entre as famílias coreanas separadas pela Zona Desmilitarizada que divide os dois Estados.
As promessas da declaração
As duas Coreias anunciaram ainda que irão trabalhar com os Estados Unidos e a China ao longo de 2018, para declarar o fim oficial da guerra da Coreia e procurar no seu lugar um acordo que estabeleça uma paz "permanente" e "sólida".

A declaração de Panmunjom inclui promessas de redução de arsenais, o fim dos atos hostis, a transformação da zona fortificada ao longo do paralelo 38 numa zona de paz e o estabelecimento de conversações multilaterais com outros países, incluindo os Estados Unidos.

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