Tratado de paz entre as Coreias não implica retirada das tropas norte-americanas

Em comunicado, o Presidente sul-coreano destacou que as Forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul (USFK, na sigla inglesa) são "uma questão da aliança entre a Coreia do Sul e os EUA, não têm nada a ver com a assinatura de um tratado de paz".

Um porta-voz do Governo de Seul também sublinhou o "papel mediador" desempenhado pelas tropas norte-americanas na Coreia do Sul para outras potências, como a China e o Japão, e "a necessidade" de manter essa presença, em declarações divulgadas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

As declarações do Governo sul-coreano surgiram em resposta a comentários de analistas e académicos sul-coreanos, que apontaram que o destacamento dos EUA no sul não se justificaria no caso de um acordo de paz.

Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, concordaram tomar medidas para a "completa desnuclearização" da península coreana e procurar pôr permanentemente fim à guerra, de acordo com a declaração conjunta que os dois dirigentes assinaram.


A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz, o que significa que os dois países continuam tecnicamente em guerra.


Washington mantém 28.500 soldados destacados na Coreia do Sul desde o conflito civil.


Embora a retirada das tropas americanas da península seja uma reivindicação comum de Pyongyang, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, não mencionou essa questão durante a reunião que teve com Moon na fronteira intercoreana, segundo o gabinete presidencial sul-coreano.


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