Cabo Verde planta tamareiras e coqueiros para resistir às mudanças climáticas

O Governo pretende plantar espécies florestais e fruteiras “com o objetivo de aumentar a resiliência e reforçar a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais provenientes das mudanças climáticas”, anunciou em comunicado.

O objetivo é lutar contra “a desertificação e a degradação das terras em Cabo Verde, bem como promover a gestão participativa da floresta contra a desertificação”, acrescentou.

A campanha, que junta o Governo cabo-verdiano, a Organização da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a associação de agricultores da Ribeira de Rabil, na ilha da Boa Vista, arrancou simbolicamente na sexta-feira e prevê a plantação de 228 coqueiros e 178 tamareiras, totalizando 406 árvores.

O Governo pretende promover “uma arborização mais próxima da realidade de Cabo Verde, pelo que fica aqui o compromisso de todos os anos fixarmos o maior número de plantas possíveis”, defendeu o ministro que tutela o setor, Gilberto Silva.

“O objetivo desta campanha é a de remover as acácias e transformar a Ribeira de Rabil num local de produção agroflorestal”, destacou ainda o ministério cabo-verdiano.

A acácia americana, uma espécie arbórea que foi introduzida em massa após a independência para lutar contra a desertificação das ilhas, está a degradar os solos e a eliminar as plantas nativas e endémicas de muitos locais do arquipélago, explicou em agosto, à Lusa, a Associação Projeto Biodiversidade que também promove ações de conservação.

Uma das iniciativas pretende salvar uma palmeira tamareira que só existe em Cabo Verde: trata-se da espécie ’Phoenix Atlantis’, classificada como "em perigo" na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) - ou seja, está a meio da escala entre a preservação e a ameaça de extinção. A Semana com Lusa

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