Associação cabo-verdiana redescobre osga considerada extinta

“Estamos a fazer um censo geral de toda a ilha de Santa Luzia, mais especificamente naquela montanha, Monte Espia, e descobrimos quatro indivíduos" daquele tipo de osga, explicou Alberto Queiroga, coordenador do departamento de Conservação daquela associação ambientalista.

O achado indicia que "há uma população” no local, disse o coordenador, que no domingo deu detalhes sobre o trabalho da Biosfera, durante uma cerimónia pública.

A redescoberta aconteceu em maio durante uma expedição de 10 dias e foi agora anunciada no Mindelo, ilha de São Vicente, a propósito da apresentação de trabalhos de jovens envolvidos em ações de conversação da natureza.

“Os gatos são uma espécie invasiva daquele espaço, por terem sido levados por humanos", referiu Alberto Queiroga.

“Infelizmente aquela população [de osga] continua a ser muito baixa, pois já passámos muitas horas de trabalho naquele campo e só encontrámos uma”, detalhou Alberto Queiroga, sobre uma visita mais recente.

A vigilância vai continuar, acrescentou, frisando que parte do trabalho consiste no controlo das espécies invasoras, que, além do gato, inclui também o rato.

A ilha da Santa Luzia é a única desabitada das 10 ilhas cabo-verdianas e é considerada uma reserva natural, juntamente com os ilhéus Raso e Branco, com espécies endémicas de flora e fauna.

Este contexto faz com que seja palco de estudos por parte de investigadores de diversas entidades nacionais e estrangeiras.

A Semana com Lusa/ Foto: A Osga gigante, a maior espécie de osga de Cabo Verde, é uma espécie endémica de distribuição muito restrita, classificada como “Em Perigo” pela Lista Vermelha do IUCN.(Fonte: Biosfera1. com )

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