Santo Antão: Funcionários do hospital regional revoltados com atraso de três meses no pagamento de subsídio

Os funcionários, que procuraram à Inforpress para denunciar a situação, pediram para não ser identificados por “medo de possíveis ameaças”.

Conforme os mesmos, trata-se de uma situação recorrente que os tem “prejudicado muito” até para honrarem os seus compromissos assumidos com terceiros.

Estes argumentaram que estão “cansados” de ir ao gabinete da administração do hospital que tem sempre a “mesma desculpa”, que “tudo depende” dos serviços centrais do Ministério da Saúde, na Cidade da Praia, e que por isso “têm que aguardar”.

“Já estão a abusar da nossa boa vontade, o dinheiro das velas é nosso porque trabalhamos para tê-lo. Deixamos os nossos filhos em casa, perdemos sono no serviço para ter está renda extra, pois ajuda nas despesas e quando é para recebê-lo ficam a brincar connosco. Já é o momento resolver esta questão que se arrasta há anos no mesmo sistema”, alegaram.

Segundo as mesmas fontes, as velas deveriam ser depositadas juntamente com os seus salários, por isso exigem que o valor total dos três meses de atraso seja depositado “o quanto antes” nas suas contas.

“Se hora extra não é obrigatório, então nós também não somos obrigados a prestar serviço de velas, porque fazemos a nossa parte, eles do Ministério da Saúde nada fazem para nos pagar o que nos devem a tempo e hora”, salientaram.

Contactado pela Inforpress, o director do HRJM, Nilton Sousa, disse que não iria prestar declarações, entretanto adiantou que a situação já é do conhecimento do Ministério da Saúde.

A Semana com Inforpress

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