Professores descontentes: SINDEP exige reajuste salarial e anuncia manifestações e greve nacional

Jairson Lopes (primeira foto no radapé desta peça com símbolo do SINDEP) falava em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, Dia Internacional do Professor, com foco no reajuste salarial da classe. «Exigimos do Governo que arrepie o caminho e faça reajuste salarial de acordo com a inflação e para todos sem exceção».

O sindicalista fez questão de avisar que o SINDEP sentará à mesa para a revisão do Estatuto de Carreira do Pessoal Docente (ECPD) só depois da normalização da carreira da classe .«Reiteramos o nosso compromisso de sentarmos à mesa para revisitarmos o ECPD, depois da normalização da carreira. Recomendamos ao Sr. Ministro de Educação a nos enviar o cronograma da resolução das pendências, como tinha prometido, o mais urgente possível».

Diante de tudo isto, o SINDEP avisa que no dia 16 vai anunciar a greve geral e manifestação de professores, caso o governo não se mostre mais consequente em resolver todas as reivindicações pendentes da classe. «Aproveitamos ainda para informar a todos professores que, no dia 16 do corrente mês, anunciaremos a data de lutas a serem implementadas, nomeadamente manifestações e greve, a nível nacional, ainda no decorrer deste mês, caso o Governo não se mostre mais consequente em resolver as reivindicações pendentes da classe».

Basta de conversas fiadas

Para Jairson Lopes, já é hora de dizer basta às conversas fiadas e incredíveis, para repor respeito à classe docente cabo-verdiana. «Iniciamos mais um ano letivo não diferente dos anos anteriores, por conseguinte, continuamos com situações laborais extremamente precários, com determinados professores a auferirem um mísero salário, que ronda os 23.000$00 (vinte e três mil escudos), com as mesmas pendências, faltas de manuais e programas para determinados níveis de ensino, falta de professores em algumas escolas, vários processos pendentes dos professores que já se atingiram a idade de reforma, de entre outros constrangimentos».

O sindicalista aproveitou para relembrar o Governo, na pessoa do Primeiro Ministro e Ministro da Educação, que mais uma vez os seus compromissos assumidos com a Classe Docente e seus legítimos representantes, neste caso concreto o SINDEP, não passou de ser falácias, porquanto o prazo estabelecido para a resolução de todas as pendências já se está a expirar e « agora vem o Sr. Vice-Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças a apontar, talvez, para o ano de 2024 e afigura-se-nos que mais uma vez está a ludibriar os professores».

O conferencista avisa que o SINDEP não aceitará nenhuma medida discriminatória, nomeadamente no que toca às propostas para os reajustes salariais. «O mais gritante ainda é que estamos a caminho do ano de 2024, ou seja nove anos consecutivos sem quaisquer reajustes salariais para com a Classe Docente e vem o Governo –( Sr. Vice Primeiro Ministro e Ministro das Finanças) fazer referência para determinados pensionistas com os quais pretende fazer escola, em atribuir reajustes a esses grupos em número muito insignificante, demonstrando uma discriminação pela negativa, que o SINDEP jamais aceitaria».

Jairson Lopes aproveita para saudar a todos os professores cabo-verdianos, de Santo Antão à Brava, em especial os seus associados, neste dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor.

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