Médicos e enfermeiros recebem formação sobre gestão de casos de paludismo

A acção formativa, que decorreu na sala de reuniões do Gabinete Técnico da RSSN, em Achada Falcão (Santa Catarina) conta com a participação de 35 enfermeiros e médicos dos sete centros de Saúde e hospital regional da RSSN, em formato presencial e mais 15 das demais ilhas em formato virtual, é realizada pela DNS, através de Programa Nacional da Luta contra o Paludismo.

Em declarações à imprensa, à margem da abertura da referida acção formativa, cujo acto foi presidido pela directora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, o coordenador do Programa Integrado de Luta contra Doenças de Transmissão Vectorial, António Moreira, lembrou que a referida formação vem na sequência de outra já realizada no âmbito do processo de certificação de Cabo Verde como país livre do paludismo.

Segundo disse, tendo em conta que Cabo Verde está há cinco anos e sete meses sem casos de paludismo local, a tendência é para se esquecer da doença e “know-how” em relação ao diagnóstico e seguimento dessa doença.

Daí, segundo este responsável a razão dessa formação que tem objectivo reciclar e munir os profissionais de saúde, a nível nacional, tem em conta a dinâmica dos conhecimentos, que variam de ano para ano, e o País tem de ser dinâmico e actualizado de acordo com as recomendações da OMS.

De momento, conforme informou, faltam os enfermeiros e médicos da Região Sanitária de Santo Antão e São Nicolau, cuja formação inicia na próxima semana.

Na ocasião, António Moreia observou que a certificação é um ganho para o País, que terá menos uma doença [o paludismo], mas defendeu que o desafio maior é prevenir a reintrodução, até porque por duas vezes o País quase eliminou a doença.

Segundo António Moreia, Cabo verde, que está perto de países endémicos, tem de mantem a vigilância e a densidade de mosquito baixa para que não haja a transmissão de uma pessoa que vem com a doença desses países para as que vivem cá.

Além da vigilância, que considerou “eixo fundamental”, a aposta após a certificação tem de passar pela comunicação, tanto dentro do País como na Diáspora, tendo em conta que há cabo-verdianos nos países endémicos e outros que viajam para os mesmos.

Daí, segundo a mesma fonte, a formação vai debruçar-se sobre as questões da vigilância, do diagnóstico precoce, do tratamento de acordo com as directrizes nacionais que estão em sintonia com a OMS, do seguimento após alta e do acompanhamento para que não haja óbitos e para que desses casos do paludismo não hajam transmissão local.

A Semana com Inforpress

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