Responsável considera “desgastante e desmotivador” o número de apanha de tartarugas marinhas
Segundo a bióloga e responsável do projecto Tarsan, este ano o projecto registou “um recorde” de número de apanhas, com mais de 60 registos de tartarugas abatidas.
“Este número é apenas daqueles que temos provas através das carapaças que encontramos, pelo que acreditamos que este número é bem superior, tendo em conta que também há apanhas em alto mar ou enterram as carapaças”, lamentou.
A bióloga lamentou o facto do projecto estar há cinco anos a trabalhar na conservação e preservação das tartarugas, realizando diversas ações de sensibilização, o que torna “desgastante e desmotivador” quando registram grande número de abates, o que, no seu entender, demonstra que a população “não está a colaborara”.
Por outro lado, Heidy Medina considera que a temporada “foi boa” em relação ao número de saídas de tartarugas, com o projecto a registar mais de 2000, e registado mais de 500 ninhos, apesar do projecto ter perdido muitos ninhos devido a situações naturais.
“Temos alguns aspectos que ainda não estamos a conseguir superar, por falta de financiamento, por exemplo ainda perdemos muitos ninhos, o que podia ser resolvido com a criação de um viveiro, mas sem o financiamento torna-se difícil”, realçou.
Heidy Medina sublinha que o projecto contou ainda com o envolvimento de jovens biólogos, uma oportunidade para os mesmos realizarem experiências ou até mesmo trabalho de final de curso.
A protecção e conservação das tartarugas marinhas em São Nicolau é desenvolvida pela Associação de Biólogos e Investigadores de Cabo Verde (ABI-CV). A Semana com Infrpress