Cabo Verde terá carregadores públicos para carros elétricos em todas as ilhas em 2024

“Vamos implementar uma rede de infraestruturas de recarga a nível de todas as ilhas: são cerca de 40 postos”, sob a concessão Trações Elétricas de Cabo Verde (TECV), alguns de carregamento rápido e a maioria semirrápido, indicou o governante segundo a Lusa.

Estes postos públicos vão complementar outros de iniciativa privada que já começaram a surgir no arquipélago.

“Hoje estamos a inaugurar o primeiro posto público de carregamento rápido no país e é um processo gradual que terminará no início do próximo ano: teremos postos [da TECV] em todas as ilhas”, detalhou o minsitro, ao ligar uma viatura ao novo ponto de carga da cidade da Praia, na praça da praia Quebra Canela.

Até final de novembro, serão instalados mais 12 postos na ilha de Santiago, a mais populosa do arquipélago.

Conforme a mesma fonte, até final do primeiro trimestre de 2024 haverá dez postos em São Vicente, oito no Sal, três na Boa Vista, dois em Santo Antão e um em cada uma das ilhas de São Nicolau, Brava, Fogo e Maio.

A inauguração de hoje faz parte do impulso que o Governo pretende dar à transição energética.

Em julho, a iniciativa estatal já havia lançado o seu primeiro posto público, na ilha do Sal, mas com menor capacidade, sem a função de carregamento rápido hoje aberta.

Segundo Alexandre Monteiro, já há cerca de 200 carros elétricos no país de meio milhão de habitantes e o objetivo é acompanhar a nova tendência de mobilidade, ao mesmo tempo que Cabo Verde implementa um plano para diminuir a dependência dos combustíveis fósseis.

Anunciou que o Governo pretende que, até 2025, 30% da eletricidade da rede tenha origem renovável e que essa percentagem suba para 50% até 2030.

Os postos, prosseue a Lusa, são importados num investimento do Governo de Cabo Verde com apoio do mecanismo Mitigation Action Facility e assistência técnica da cooperação alemã, sendo depois entregues à empresa Trações Elétricas de Cabo Verde (TECV) que detém a concessão por sete anos da implementação e gestão da rede.

O posto de hoje, por exemplo, custou cerca de três milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 27 mil euros), indicou Damià Pujol, diretor da TECV.

A sigla TECV é também o nome da aplicação disponível nas plataformas móveis para aceder aos postos, gerir e pagar o carregamento.

A fazer fé na fonte referida, o preço indexado à concessão é 40 escudos (36 cêntimos) por cada quilowatt-hora, indexado ao preço da eletricidade, detalhou o diretor da TECV.

O Governo cabo-verdiano aprovou em 2019 a Carta de Política de Mobilidade Elétrica, que estabelece o objetivo da substituição gradual até 2050 de todos os veículos movidos a motor térmico por motor elétrico, lembra a Lusa.

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