Cabo Verde prepara certificado de origem para produtos de pesca

O trabalho passa por “avaliar oportunidades e desenvolver um esquema de certificação e rotulagem de origem e sustentabilidade para produtos relevantes da pesca e aquicultura em Cabo Verde”, lê-se no anúncio publicado no portal do Ministério das Finanças, consultado hoje pela Lusa.

O objetivo é “promover o consumo de produtos locais de pesca e aquicultura, especialmente pelo mercado turístico”.

A iniciativa faz parte do Projeto de Desenvolvimento de Turismo Resiliente e Economia Azul (RTBED, sigla inglesa), apoiado pelo Banco Mundial no âmbito da recuperação económica pós-pandemia da covid-19, e que prevê ainda investimentos em infraestruturas costeiras (como portos) e formação.

Além de identificar que espécies poderão ter certificado, o trabalho que agora arranca deverá indicar quais os critérios de sustentabilidade obrigatórios, assim como o cumprimento de regras de rastreio, ou seja, identificar de onde saiu cada porção vendida.

Segundo a mesma fonte, os resultados da consultoria devem estar prontos no prazo de cinco meses.

Os sucessivos governos de Cabo Verde e outras instituições nacionais, com o apoio dos parceiros internacionais, têm adotado o princípio de que o desenvolvimento sustentável das pescas em Cabo Verde deve promover a qualidade em vez de se concentrar exclusivamente no aumento de capturas”, indica o documento de apresentação.

É neste contexto que surge a possibilidade de desenvolver um certificado de origem.

A certificação e rotulagem de alimentos está a ganhar cada vez mais importância, tanto para benefícios dos consumidores”, que ficam mais informados sobre o processamento, “como dos produtores”, que valorizam o produto e podem ter mais compradores, conclui a fonte referida citada pela Lusa.

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