Deputados do PAICV dizem que “nada de concreto” foi feito em relação à ampliação do porto
Os parlamentares do PAICV, através de uma nota a que a Inforpress teve acesso, lembraram que, em 2016, o partido no poder (MpD), assumiu com os santantonenses o “compromisso de dar continuidade ao projecto” de reestruturação do porto do Porto Novo, mas “até agora, nada de concreto foi realizado”, avançaram.
“Estando a meio do segundo mandato, até agora nada de concreto foi realizado, para além de um desenho em formato digital apresentado por Ulisses Correia e Silva (primeiro-ministro) durante as campanhas eleitorais em 2021, para alimentar as esperanças da população da ilha”, notaram os deputados Rosa Rocha e Albertino Mota.
Os eleitos nacionais do PAICV reagiam assim à informação avançada, esta semana, pelos deputados do MpD eleitos por Santo Antão de que têm garantia do Governo de que “parte do valor” para o financiamento da segunda fase do porto está “mobilizada” e que o Governo está à procura de parceiros nacionais internacionais para a realização dos investimentos prometidos.
“Com as eleições autárquicas à porta, o MpD não abdica do seu modo peculiar de manipulação da realidade para a construção de narrativas falaciosas”, sublinhou a mesma fonte, segundo a qual este partido está a “tentar ganhar tempo,” ao afirmar que há garantias de que já foi mobilizado “parte do financiamento” da próxima fase do porto.
Os eleitos nacionais do PAICV recordam que, no âmbito do projecto de reestruturação do porto do Porto Novo, foi realizado em 2013 um investimento de aproximadamente 1,8 milhões de contos, integrando a moderna gare marítima, que “resolveu a precariedade da área operacional existente na altura, que dificultava sobremaneira o tráfego de passageiros e cargas, para além de trazer segurança e conforto aos passageiros”.
O projecto de reestruturação do porto do Porto Novo, adiantam, foi “desenhado” para ser implementado em três fases, sendo que após a realização da primeira fase, ficou “pendente a mobilização de recursos adicionais” para a fase seguinte, que consistia no prolongamento do porto em 135 metros, visando responder, sobretudo, ao turismo de cruzeiro.
A Semana com Inforpress