Deputada exorta Governo a colocar água da barragem de Canto Cagarra ao serviço dos agricultores
A parlamentar voltou a pedir ao Governo “para parar de sabotar” a barragem de Canto de Cagarra, no vale da Garça, na Ribeira Grande, e para “criar as condições necessárias” para que esta água “seja acessível aos agricultores”.
Em todo o caso, a parlamentar disse que “o impacto da barragem no aumento do caudal da antiga nascente, que se situa no local da barragem, bem como na água de escoamento sub-superficial que vem alimentando os novos poços a jusante da barragem, é indiscutível”.
Segundo Rosa Rocha, mesmo perante a actual situação desta infra-estrutura hidráulica, que está a “prejudicar os agricultores” em Santo Antão, “não interessa ao sistema MpD (partido no poder) que as barragens tenham impactos positivos na produção agrícola para continuarem a alimentar a narrativa de que foram maus investimentos do PAICV”.
Os deputados da Nação do PAICV eleitos por Santo Antão, tinham, recentemente, acusado o Governo de estar “a fazer tudo para matar” as infra-estruturas hidráulicas construídas em Santo Antão no tempo em que este partido esteve no poder.
Os eleitos nacionais do PAICV referiram-se à barragem de Canto de Cagarra, construída em 2014, e a outras infra-estruturas hidráulicas que, a seu ver, têm sido “abandonadas” pelo actual executivo.
Os parlamentares deste partido tinham também avisado para o estado da barragem subterrânea de Chã de Branquinho, no concelho do Porto Novo, que está há cerca de sete anos inoperante, à espera de obras de recuperação, depois dos danos provocados pelas cheias de 2016.
A barragem de Canto de Cagarra custou cerca de 575 mil contos, financiamento mobilizado no âmbito da linha de crédito com Portugal.
Tem uma albufeira que comporta um volume de 418 mil metros cúbicos de água, numa extensão de 84 mil metros quadrados.
A Semana com Inforpress