Cabo Verde de Luto: Morreu a cantora Sara Tavares
ara Tavares, que foi diagnosticada com um tumor cerebral há mais de dez anos, estava interna na Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, em Lisboa.
O primeiro álbum da cantora e compositora de ascendência cabo-verdiana, “Sara Tavares & Shout!”, foi editado em 1996, dois anos depois de vencer o Festival da Canção da RTP com o tema "Chamar a Música" e que representou Portugal na Eurovisão, tendo ficado em oitavo lugar.
Desde então, editou vários álbuns que a aproximaram das raízes cabo-verdianas, com destaque para “Balancê” (2005), que lhe valeu um disco de platina e uma nomeação como Artista Revelação as prémios BBC Radio 3 World Music.
Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e no ano seguinte deu continuidade à digressão internacional “Xinti”, título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.
Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, "Fitxadu" (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa’Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.
A par da carreira em nome próprio, Sara Tavares colaborou com vários nomes da música portuguesa e lusófona, nomeadamente Ala dos Namorados, Dany Silva, Paulo Flores, Buraka Som Sistema e Carlão.
Há dois meses um novo single, KURTIDU.
Da música à política, as reações à morte de Sara Tavares
Nas redes sociais multiplicam-se as reações à morte da cantora, desde artistas de música a figuras da política, entre elas o Presidente da República.
Numa nota divulgada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recorda a "vocação, dedicação e determinação" de Sara Tavares.
"Descobrimos Sara Tavares há 30 anos, ainda adolescente, através de um dos concursos de talentos que, nas décadas seguintes, revelariam vários nomes que hoje conhecemos e admiramos. Portuguesa de origem cabo-verdiana, manteve sempre forte ligação aos seus pares, em diversas colaborações e homenagens, e grande proximidade à música e aos músicos africanos", recorda Marcelo Rebelo de Sousa, citado na nota.