PAICV quer saber se há plano de contingência e evacuação de cidadãos caso seja necessário na ilha

Não faz sentido que continuemos a deixar o pânico se instalar a cada abalo e não fazermos qualquer intervenção de capacitação da população para se preparar”, ressaltou o deputado Clovis Silva.

Segundo disse, já passou da hora de se investir em técnicos para o setor de controlo de sismos.

O deputado questionou o funcionamento do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, um instituto público, da administração indireta do Estado, não pode hoje ter uma única pessoa para fazer:

  • Monitorização de sismos de origem vulcânica, em todo o país;
  • Instalação dos sistemas de nas estações;
  • Ele mesmo que determina os equipamentos a serem comprados e instalados;
  • Ele que tem que fazer a manutenção dos programas:
  • O mesmo tem ainda que fazer a análise dos dados científicos;

Ou seja, tudo o que tem que ser feito em Cabo Verde, de acompanhamento de toda atividade sísmica é feita por uma única pessoa ligada ao Instituto”, salientou.

Silva fundamentou que quando as pessoas sabem o que fazer e a quem recorrer para respostas rápidas, em casos de crise, pessoas puderem contar com informações atualizadas a cada evento e saberão se manter calmas porque há previsão de reação das autoridades.

Por isso, estamos aqui para apelar a maior intervenção das autoridades, desde a autoridade local até às nacionais por forma a que a população não se sinta só neste momento que é de alguma preocupação”, apelou.

O conferencista alertou, por outro lado, que zona como a Furna, que nunca conviveu com abalos sísmicos, hoje é palco de tremores frequentes e que até a Cidade de São Filipe na ilha do Fogo já sente estes fenômenos.

Ou seja, há sinais de agravamento, pela intensidade, pelo alastramento das ocorrências, e isto tem que nos preocupar. A intensidade para nós, justifica muito mais do que um aviso à população para que saia das habitações sempre que sentir sismos”, ressaltou.

O mesmo afirmou que a população da Brava precisa de alento, precisa da presença das Autoridades nacionais e de capacidade técnica e humanas suficientes, que lidam com a proteção civil na Ilha.

E ainda apontou que os líderes comunitários não têm qualquer informação e formação para lidar com uma situação que exija intervenção junto da população.

Nós não temos qualquer conhecimento do que fazer, quando fazer e como fazer, caso seja necessário. E a cada dia, quanto mais persistirem estes abalos, e ontem e hoje repetiram-se, fica mais claro que a população precisa urgentemente ser formada a lidar com estas questões”, completou Clovis Silva.

Categoria:Noticias