"Sede do comando da protecção civil será deslocalizada para um edifício com melhores condições", diz edil
A informação foi avançada hoje pelo presidente da câmara, Fábio Vieira, na abertura de uma formação técnica para 30 operacionais de protecção civil e bombeiros dos Mosteiros, realizada em parceria com a Associação dos Bombeiros Voluntários de Anadia (Portugal) e que constitui o primeiro passo da geminação entre os dois municípios.
“Com conclusão da acção, que tem a duração de duas semanas, três operacionais deslocarão a Portugal para um estágio profissional nos comandos da protecção civil e bombeiros de Anadia e de Entroncamento para partilha de boas práticas, conhecimento e saber fazer na área de protecção civil”, disse Fábio Vieira.
O edil dos Mosteiros disse que a sua câmara definiu um plano de formação e de capacitação contínua dos operacionais da protecção civil e bombeiros dos Mosteiros e que esta acção formativa enquadra-se naquilo que é a estratégia do município em matéria de modernização do serviço de protecção civil e bombeiros que têm diferentes eixos de intervenção.
“Temos trabalhado na mobilização de meios humanos, materiais e financeiros no sentido de dotar o serviço de protecção civil das condições básicas para poder actuar e responder de forma célere e eficiente às situações de emergência social”, afirmou Fábio Vieira.
Segundo o autarca, nesta fase, a edilidade está a formar vários operacionais de protecção civil e bombeiros para numa etapa posterior estarem em condições de fazer o mapeamento dos riscos existentes no município e actuar numa perspectiva preventiva que deve ser o trabalho essencial de qualquer corporação de protecção civil e bombeiros.
A formação é ministrada com a colaboração do município de Anadia que tem algum conhecimento nesta matéria, disse Fábio Vieira, lembrando que o Fogo é uma ilha vulcânica com enormes riscos daí a necessidade de um serviço de protecção civil à altura das demandas e desafios dos riscos.
Fábio Vieira avançou que os autarcas da ilha têm trabalhado numa perspectiva de partilha de informações e defendeu a necessidade de trabalhar junto do governo na criação de um serviço regional de protecção civil com todas as condições, quer humana, material e financeira para estar à altura de responder às demandas, sobretudo de evacuação médica e de garantir assistência nas primeiras horas no caso de uma erupção.
Com relação aos meios e equipamentos, Fábio Vieira destacou que a sua câmara tem trabalhado na mobilização de vários equipamentos e que nos três primeiros anos conseguiu mobilizar três viaturas para serviço de protecção civil, mas salientou que a capacitação mostra-se fundamental, porque, explicou, não vale ter equipamentos modernos e sofisticados e não ter recursos humanos capacitados para fazer uma gestão mais rigorosa, adequada e sustentável dos mesmos.
O comandante do corpo de bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários e coordenador municipal de Protecção Civil de Anadia, Bruno Almeida, que esteve no município no passado mês de Outubro, para fazer o levantamento da situação e realização de um diagnóstico sobre a reorganização do serviço municipal de protecção civil e de bombeiros, disse que a formação foi desenhada de acordo com aquilo que foram identificadas como sendo as principais necessidades em relação aos bombeiros e protecção civil locais.
Assim, avançou, foi desenhado um módulo de emergência médica essencial, outro ligado à protecção civil quanto a sua organização e tarefas a desempenhar pelos seus elementos, módulo de salvamento rodoviário e desencarceramento, isto porque o município vai receber um veículo de desencarceramento e há que capacitar os operacionais para saberem utilizar os meios, e um módulo de incêndio estruturais e florestais dada a diversidade da floresta e com combustíveis extremamente inflamável.
A formação que será ministrada por dois técnicos de Anadia tem a duração de 100 horas e será devidamente certificada.