Empresário Alex Sab que foi preso e extraditado por Cabo Verde se encontra livre em Caracas

Para os críticos, com a liberação do suposto diplomata do governo do Presidente Nicolás Maduro, cabe agora as autoridades cabo-verdianas, nomeadamente o Ministério Público e os tribunais que tiveram um papel relevante no processo, tirar as devidas ilações.

Conforme a Lusa, pelo menos 21 presos políticos, incluindo sindicalistas e opositores, foram esta quartafeira libertados pelas autoridades venezuelanas, além de norte-americanos no âmbito do acordo de libertação pelos Estados Unidos do empresário Alex Saab, que já está em Caracas.

As libertações foram confirmadas pela advogada Ana Leonor Acosta, diretora da organização não governamental (ONG) Coligação pelos Direitos Humanos e Democracia, falando na sede Polícia Nacional Bolivariana em Caracas.

“Estas libertações estão a ser feitas com base numa troca [de prisioneiros] por Alex Saab. Estamos muito contentes e através da Coligação tínhamos insistido que, quando ocorressem, fossem libertados todos os presos políticos”, disse a advogada.

Conforme a Lusa, Acosta frisou ainda que as libertações podem prosseguir, tendo ainda por base os acordos entre a oposição e o regime venezuelano, que vão ocorrer de maneira paulatina e insistiu que “falta um setor muito importante, o de 22 mulheres que são presas políticas, a maioria delas mães com crianças à espera”.

Explicou ainda que o setor militar não foi tido em conta e que se trata “de um acordo político, mas não de uma decisão judicial”.

Segundo Acosta, entre os norte-americanos libertados estão Luke Alexander Denman e Airan Berry, que tinham sido condenados a 20 anos de prisão por em 2020 sob acusação de terem tentado derrubar o Presidente Nicolás Maduro.

Por outro lado, o diretor da ONG Foro Penal (FP), confirmou que entre os presos políticos libertados encontram-se os sindicalistas Alcides Bracho, Gabriel Blanco, Emílio Negrín, Alonso Meléndez, Néstor Astudillo e Reynaldo Cortés, vários deles militantes do partido opositor Bandeira Vermelha.

Também foi libertado Roberto Abul, um dos organizadores das primárias em que a opositora Maria Corina Machado foi eleita para concorrer contra Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 2024.

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