Morador de João da Noly reclama de mau cheiro causado por chiqueiros nas proximidades da sua residência

Jorge Freitas procurou a Inforpress para reclamar desta situação e afirmou que nestes dias ele e a sua mulher têm sentido muita gripe devido aos maus cheiros que os atormentam todos os dias.

“É uma falta de respeito, a minha vizinha faz criação de porcos, no entanto, as pocilgas ficam logo abaixo da minha casa e o mau cheiro é constante e todos os dias. Não posso abrir a janela da minha casa porque o cheiro é insuportável”, salientou.

Este morador disse que já falou com a vizinha acerca do incómodo e sugeriu-lhe para fazer a criação de porcos num lugar mais distante, mas a mesma não quis aceitar a sugestão e afirmou ter construído o chiqueiro muito antes de existir a casa.

“De facto as pocilgas já existiam antes de eu morar aqui, mas o que está em causa é a minha saúde e da minha família. Os chiqueiros podem ser facilmente construídos em outros lugares, mas, a minha casa não, todavia o código de postura da câmara municipal diz claro, que não é permitido este tipo de prática junto à vizinhança”, sublinhou.

Jorge Freitas disse ainda que já procurou a Câmara Municipal da Brava e fez a denúncia várias vezes, mas até ao momento nada foi resolvido e o chiqueiro continua no mesmo sítio a prejudicar a sua família.

“Eu não sei o que se passa, já o denunciei na câmara municipal por várias vezes e mostrei-lhes a minha situação, contudo vieram os fiscais para verem com os seus próprios olhos, mas depois disso não se resolveu absolutamente nada e não me deram qualquer explicação”, frisou.

Neste sentido, Jorge Freitas prometeu ir até às últimas instâncias, caso as autoridades competentes não tomem alguma medida para resolver este problema.

“Caso a autarquia não tome alguma medida para resolverem esta situação que está sendo muito desagradável, vou recorrer à justiça, processando a câmara municipal e a senhora, porque isto já é um abuso”, finalizou.

Em reacção, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, admitiu que o código de postura é claro e não deve existir chiqueiro e certos tipos de criação animal, tão perto das moradias porque põe em causa a saúde pública.

No entanto, o edil realçou que muitas pessoas no concelho vivem de criação de animais e outros não possuem lotes ou terrenos em outros lugares para a construção de chiqueiros.

“Aqui na ilha é muito difícil a câmara construir uma pocilga municipal, tendo em conta que as localidades são dispersas e os criadores vivem muito distantes uma das outras, o certo seria uma unidade em cada zona, porém isso seria impossível”, explicou.

Nesta situação Francisco Tavares, disse que quando recebe reclamações dos moradores sobre o mau cheiro, a fiscalização vai “pedagogicamente” falar com os familiares que estão a fazer criação de animais, chamando a sua atenção sobre a higiene e apelando à melhoria do mesmo, enquanto não houver soluções.

“A autarquia está aberta para ajudar e muitas vezes apoiamos com materiais para serem construídas fossas ou esgotos para os chiqueiros, com isso, cabe ao dono fazer a limpeza diária ou dia-sim-dia-não, para não “proliferar” o cheiro que acaba incomodando os vizinhos”, salientou.

Outrossim, informou ainda que depois de, pelo menos, três contactos com as famílias criadoras, caso não cumpram com as suas obrigações e as exigências da câmara, a solução é encerrar “coercivamente” o chiqueiro em causa.

“Estamos atrás de encontrar uma melhor solução para este problema de forma que ninguém fique prejudicado”, finalizou.

A Semana com Inforpress

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