Artur Silva pela sexta vez campeão da corrida de São Silvestre que teve recorde de participantes

Conforme avançou à imprensa o presidente da Associação de Atletismo, Arlindo Fonseca, foram 145 as pessoas que na tarde de hoje fizeram o percurso com início na praia da Laginha e meta na Rua de Lisboa, valorizando ainda mais essa “tradição” iniciada há muitos anos, em São Vicente.

Mas, a superação não foi somente no número de atletas, Artur Silva, campeão da categoria de sénior, bateu também o seu recorde de tempo – 29 minutos e 42 segundos para o percurso de cerca de dez quilómetros, comparados com 30 minutos e 26 segundos de 2022 -, e vezes que o certame foi ganho consecutivamente pelo mesmo atleta, sexta vez.

O jovem atleta explicou que o segredo de estar sempre no pódio é manter-se em forma, fazer os treinos durante o ano sempre com o objectivo de vencer a “São Silvestre”. Uma corrida que neste ano, admitiu, “foi bem dura” por só ter conseguido distanciar-se do seu principal opositor a poucos quilómetros da meta.

Na categoria sénior feminino, igualmente num percurso de 10 quilómetros, Sónia Lopes venceu após uma ausência de 14 anos da prova que a lançou como atleta, em 1996, e onde tudo começou até chegar à actualidade como internacional, defendendo as cores de Itália.

“Foi emocionante correr na prova que me lançou no mundo do atletismo. Foi emocionante passar pela zona onde toda gente me conhece”, disse Sónia Lopes, que, mesmo não representando Cabo Verde, sente-se “orgulhosa” quando a identificam como a cabo-verdiana que representa Itália.

Em São Vicente de férias, a atleta que no estrangeiro faz percursos de mais de 1.500 metros, confirmou só ter-se ressentido do calor, mas mais asseverou ter mais impacto estar na corrida de São Silvestre e sentir a energia transmitida pelas pessoas que “nem se sabe de onde vem”.

Outros dos vencedores foram Crisolita Rodrigues, em veterano feminino, que desejou ter mais atletas a participarem para quando entregar a bandeira, quem sabe daqui a dois anos, poder passar a sua experiência aos mais novos.

Em forma de inclusão, a prova teve a participação de atletas paraolímpicos masculinos, com campeão o internacional Carlos Araújo, que dedicou a todos os pescadores de São Pedro, sua localidade de residência.

Os mais jovens também tiveram espaço no certame, a categoria júnior feminino foi vencida, pela segunda vez, por Marina Silva, adolescente de 13 anos de Santo Antão e que disse sentir-se feliz por levar o troféu à sua ilha natal. Já em masculino, Cleiton Rodrigues, de São Vicente, levou a melhor na sua segunda participação na corrida,.