Governo cabo-verdiano concede aval de 2,9 ME à transportadora aérea estatal TACV
O aval destina-se a cobrir um empréstimo junto da Caixa Económica, um dos maiores bancos do país, no montante aproximado de 330,7 milhões de escudos, que a companhia aérea vai usar para concretizar o plano 2023-2027, lê-se na resolução governamental publicada no Boletim Oficial na quinta-feira.
O aval é justificado com os investimentos inscritos no plano de atividades de médio-longo prazo, que “permitirão garantir e expandir as suas operações, melhorar a performance operacional, bem como assegurar a viabilidade do negócio da empresa”.
“Esse plano apresenta projeções que demonstram, ainda, ganhos de eficiência que terão impactos positivos nos rácios financeiros da empresa a médio-longo prazo”, acrescentou.
A importância da companhia é ainda justificada face ao peso do turismo na economia e à grande diáspora cabo-verdiana – que chega ao triplo dos cerca de 500 mil habitantes residentes nas ilhas –, cabendo à TACV “garantir a ligação com as comunidades emigradas, criando as condições para o fomento da conetividade aérea internacional num país que depende fortemente do turismo, ocupando um papel estratégico nesta matéria”.
O aval surge na sequência de outros, nomeadamente, em junho de 2023, este último para fazer face a um empréstimo junto do Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), no montante de 650 milhões de escudos (5,8 milhões de euros), para aquisição de um segundo avião.
Em março de 2019, Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à empresa islandesa Loftleidir e empresários daquele país.
Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado assumiu a posição, alegando vários incumprimentos e dissolvendo os corpos sociais. A Semana com Lusa