Forte agitação marítima ameaça habitações em Cabo Verde
"Faz oito dias que estamos com o mar bastante agitado. De sexta-feira passada para sábado fez mais estragos. Entrou nas casas, no campo de futebol e os pescadores não conseguem ir ao mar. Dez moradias de famílias estão em risco", afirmou Arlindo Santos, referindo que a situação é recorrente.
Os moradores "estão bastante preocupados" e pedem a construção de um muro para proteger a zona, relatou o responsável.
"As famílias sentem-se inseguras. Já fizemos vários encontros, com muitos técnicos" e a reivindicação da população, desde 2020, remete para a promessa das autoridades relativa a erguer um muro de proteção, que até hoje nunca aconteceu. As habitações ficam muito perto do mar e, quando está agitado, bate sempre nas casas", apontou.
Em décadas anteriores, "o mar levou todas as casas que ali estavam e, com o tempo, as pessoas construíram de novo. Isso quer dizer que estão conscientes de que, nalgum momento, o mar pode invadir as habitações e provocar destruição, como já tinha acontecido", referiu.
Na sua visão, o "mar já deu sinal" desde sexta-feira, entrando nas casas, obrigando duas famílias a procurar alojamento alternativo temporariamente, tendo já regressado.
"Um muro de proteção deve ser construído. Há muitos anos que tem sido falado. Se o mar voltar, como na semana passada, o que temos de fazer é falar com as famílias para ocuparem um outro lugar fora da zona", concluiu.
A Semana com Lusa