MpD desafia líder do PAICV a apresentar documentos que prova acusações de corrupção na autarquia

Em conferência de imprensa no dia 12 Janeiro, o primeiro secretário do PAICV, Jairson Tavares, disse ter na sua posse “documentos” que provam a existência de “indícios graves de corrupção” na Câmara Municipal do Porto Novo, prometendo apresentá-los “no momento certo” para “mostrar qual tem sido a real gestão” da equipa camarária.

“Tratando-se de acusações graves, todos os munícipes têm de ser esclarecidos, assim, desafiamo-lo a apresentar tais documentos prova, que depois de comprovada a autenticidade e veracidade dos mesmos, deverão ser encaminhados para as instâncias competentes para averiguação e devidos efeitos”, declarou a presidente da Comissão Política Regional do MpD, Carlita Santos, em nota enviada à Inforpress.

“Enquanto deputada da Assembleia Municipal do Porto Novo, órgão que tem a atribuição e dever de aprovar os instrumentos de gestão municipal, assim como, de apreciar as contas de gerência do município, cuja aprovação é da responsabilidade do Tribunal de Contas, e fiscalizar a atuação da edilidade, não temos vislumbrado nenhum indício de corrupção da atual equipa camarária”, adiantou.

Por isso, “até que se prove o contrário, ou seja, até que os tais documentos sejam apresentados e avaliados por órgãos competentes”, a presidente da Comissão Política do MpD no Porto Novo considera as acusações “sem fundamento”, pois, adiantou, “já é timbre desse líder partidário fazer acusações dessa natureza sem conseguir provar o que diz”.

A responsável local do MpD disse que a câmara municipal, liderada por Aníbal Fonseca, é “uma instituição credível com uma gestão cuidadosa da coisa pública e transparente”.

“Aliás, ao longo desses dois mandatos, tem tido uma avaliação positiva, tanto das instituições competentes, nomeadamente, o Tribunal de Contas e os parceiros nacionais e internacionais, assim como da própria população, que confiou novamente uma maioria” ao MpD no município do Porto Novo, realçando “os investimentos” feitos pela autarquia nos diferentes domínios, mas, “sobretudo, na ação social”.

A líder do MpD disse ainda estranhar a posição do PAICV “quando critica” a câmara municipal pelos gastos de 3.500 contos em fogos de artifício durante a quadra festiva, já que, adiantou, o próprio Jairson Tavares teve “opinião contrária no ano passado”, quando criticou a edilidade “por ter canalizado o valor que seria investido em fogos de artifícios para a aquisição de cestas básicas para as famílias”.

Apelou ao responsável do PAICV “para se informar melhor antes de vir a público trazer certas informações” e assegurou que os dados disponibilizados pela equipa camarária dizem que as comemorações do Natal e final do ano, incluindo as festas da terceira idade e nos jardins infantis, rondaram os 2.500 contos.

A representante do MpD clarificou que em relação aos investimentos no desporto de que falou o primeiro secretário do PAICV, o orçamento municipal para 2024 prevê um montante de 22 mil contos para a reabilitação, construção e conclusão de infraestruturas desportivas, além de promoção do desporto.

A construção do pavilhão desportivo coberto não consta do orçamento 2024, uma vez que se trata de uma obra financiada pelo Governo e pela câmara municipal, através de uma operação de empréstimo que a empresa vencedora da empreitada vai contrair junto da banca para, posteriormente, ser ressarcida pelo Governo e pela câmara, esclareceu ainda.

No que toca à iniciativa Cidade Capital Caboverdiana da Juventude, o MpD Porto Novo disse que a avaliação que foi feita pelos parceiros internacionais e nacionais e pelos próprios jovens que participaram do fórum nacional da juventude foi “muito positiva e a melhor realizada até agora em todo o País”.

A Semana com Inforpress

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