São Vicente celebra hoje 562 anos e tem mais homens do que mulheres na sua população
Conforme o INE, entre essas 78 mil almas estão 25.264 agregados familiares sendo, 55,1% feminino e 44,9% masculino. 22,1% dos agregados são conjugais nucleares, 21,6% é unipessoal e 18,7% dos agregados são monoparentais nucleares.
A ilha destaca-se por ter uma população jovem representando 35,2 % de pessoas com idades dos 35 aos 64 anos, contam-se 23,2% de pessoas dos 0 aos 14 anos, 16,5% dos 25 aos 34 anos, 15,8% dos 15 aos 34 anos e apenas uma população idosa de 8,8%.
A nível da educação, os dados do INE referem que São Vicente tem uma taxa de alfabetização de 90,5% com os homens a representar 92,2% e as mulheres 88,6 %. No pré-escolar existem 2,9% de crianças, 43% estão no ensino básico, 40% no ensino secundário e 14,2% nos ensinos médio e superior e apenas 7,7% nunca frequentou as instituições de ensino.
No mercado de trabalho há mais homens a trabalhar do que mulheres em São Vicente. Dos 55,1% da taxa de emprego entre as pessoas de 15 anos ou mais 66% são do sexo masculino e 45,1% do sexo feminino.
Quanto ao emprego, 49,1% trabalham em empregos informais, mas, no cômputo geral, há 19, 6% dos jovens dos 15 aos 25 anos desempregados e 10,3% da população também está desempregada, sendo que o desemprego afecta mais as mulheres (13,6%) enquanto os homens somam 7,6 %.
Em relação à realização dos afazeres domésticos no agregado esta representa 66,9 % na faixa dos 15 anos ou mais, mas mulheres com 87,8% ocupam mais dos afazeres domésticos do que os homens com 46,8 %.
Dos 27,3% da taxa de realização de trabalho de cuidado de pessoas (idosos, crianças ou pessoas com necessidades especiais) as mulheres são as que mais trabalham nesta área representando 36,1% e os homens contam 18,8%.
Também são as mulheres que mais realizam trabalho de voluntariado. Ou seja dos 1,3% da população dos 15 anos ou mais que fazem voluntariado 1,5% é do sexo feminino 1,0 % é masculino.
Em São Vicente existem 3.049 empresas activas, que representaram em 2022 um volume de 120.585.115 contos, e há 47 estabelecimentos de alojamento.
Na ilha de São Vicente 91,2% usa electricidade e apenas 8,3 usa vela. 73,1% da população usa a rede pública como principal forma de abastecimento de água, 10,6% chafariz, e 88,6 % tem acesso à casa de banho. 54,3% da população usa contentores para descartar o lixo caseiro, 43,2% usa carro de lixo e 98,1% usa gás para cozinhar.
No que se refere ao acesso às tecnologias de informação e comunicação, 82% da população tem televisão, 82,4% tem internet no alojamento, 47,7% ouve rádio, 45,1% tem televisão por assinatura, 35,1% usa computador e 16,6 % têm telefone fixo.
De acordo com dados históricos, publicados no livro Mindelo D´Outrora, de Manuel Nascimento Ramos, a ilha de São Vicente foi descoberta a 22 de Janeiro de 1462 pelo escudeiro do Infante D Fernando, de nome Diogo Afonso. No entanto, a ilha manteve-se desabitada durante quase quatro séculos e só começou a ser povoada em meados do século XIX.
Do primeiro povoamento chamado de Aldeia de Nossa Senhora da Luz, baptizado depois de D. Rodrigo, e mais tarde de Vila Leopoldina, devido ao aumento da sua população e o desenvolvimento social, económico e urbanístico a 14 de Abril de 1879, foi elevada à cidade do Mindelo, por Decreto Régio.
Foi também a partir do século XIX que a cidade do Mindelo começou a criar uma nova estrutura socioeconómica com novos hábitos e gostos inspirados na forte presença inglesa que havia na altura, graças ao movimento no Porto Grande.
A mesma fonte indica que em 1879, havia em São Vicente, uma praça, cinco largos, 27 ruas, 11 travessas, um beco e dois pátios. Nessa altura, a ilha contava 3.497 habitantes, sendo 86 ingleses, 14 italianos, seis marroquinos, cinco belgas, dois americanos, um russo, além de muitos portugueses, açorianos e madeirenses.
A Semana com Inforpress