“Vamos fazer a manifestação (…) está a aproximar o final do ano lectivo e teremos sérias consequências” – Sindep
O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) considerou que o Dia Nacional dos Professores deve ser dedicado a uma profunda reflexão, visto que a classe ainda trava uma luta com o Governo que arrasta desde 2022. Avançou ainda que hoje haverá manifestação e com o final do ano letivo a aproximar, “teremos sérias consequências”.
De acordo com Jorge Cardoso, numa entrevista à Inforpress, considerou que, apesar de se notar melhorias nos encontros com o Ministério da Educação, ainda há muito que fazer.
Quanto ao pagamento dos subsídios pela não redução da carga horária desde 2018 e o reajuste salarial, são dois pontos fundamentais que ainda não chegaram ao consenso, ressalta.
“Estamos em negócio há muito tempo e não temos resultados, ainda ontem estivemos em uma negociação e não tivemos resultados”, afirmou, ressaltando que o Sindep privilegiou a manifestação como uma forma de demonstrar que os docentes estão agastados com o impasse.
Contraproposta salarial do Governo “não satisfaz”
Conforme recordou, os sindicatos apresentaram a proposta do aumento salarial de 107 mil escudos para os professores licenciados de acordo com o estatuto, entretanto o Governo apresentou a contraproposta “que não satisfaz os professores” de 89 mil escudos com base no Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR).
Jorge Cardoso revelou que o Governo pediu a emissão de um comunicado confirmando um pré-acordo, o que, sublinhou, não corresponde à verdade mas poderá ser possível nas próximas reuniões.
“Teremos sérias consequências”
Dando seguimento ao protesto pela “maior valorização e dignificação” da classe docente, informou que pretende realizar uma greve inteligente nos finais de Maio e Junho, num período mais prolongado que a do passado mês de Novembro, com o propósito de “perturbar a avaliação”.
“Vamos fazer a manifestação, continuaremos a luta, está a aproximar o final do ano lectivo e teremos sérias consequências” advertiu, atribuindo ao Governo a responsabilidade das medidas a serem tomadas no futuro.
C/ Inforpress