Governo diz que direitos dos trabalhadores e passageiros terão de ser verificados

O ministro do Turismo e Transportes disse, esta terça-feira, que o Governo vai analisar melhor a retirada definitiva dos Transportes Interilhas de Cabo Verde (Bestfly) do país, e que os direitos dos trabalhadores e dos passageiros terão de ser verificados.

Carlos Santos reagia assim ao comunicado da BestFly World Wide, accionista maioritária dos Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), que anunciou que vai deixar de operar em Cabo Verde por acreditar não estarem reunidas as condições para prosseguir com o trabalho que tem vindo a desenvolver.

O governante, que falava à imprensa depois de se reunir com o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil e o conselho da administração da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), afirmou que neste momento dispõe de pouca informação sobre a saída da TICV de Cabo Verde.

Diálogo com todos os acionistas

“Acabamos de saber que a TICV tomou a decisão de encerrar a actividade, ou suspender a actividade, ainda não temos toda a informação, porque foi esta tarde, vamos ter que ver e analisar. Muitos poucos comentários eu tenho a fazer sobre esta matéria”, apontou o ministro, que adiantou que o Estado vai dialogar com os outros parceiros accionistas da TICV para saber de todos os meandros dessa decisão.

Entretanto, assegurou que os direitos dos passageiros, das agências de viagens e dos trabalhadores da empresa terão que ser verificados.

Criação de empresa autónoma

Segundo o ministro, o Governo vai continuar a acompanhar essa situação, e a trabalhar para criar uma empresa autónoma dedicada exclusivamente aos transportes aéreos inter ilhas, que está agora a ser assegurado pela TACV.

“Nós não podemos ser culpados por esta situação, porque é uma empresa que não conseguiu resolver todos os problemas e tomou essa decisão”, acrescentou o ministro, que disse que neste momento cabe ao Estado garantir a mobilidade dos cabo-verdianos.

“Com 78 voos semanais, nós ultrapassamos aquilo que é a fasquia do ano passado, numa situação normal, por exemplo na ilha do Fogo nós estamos a garantir cerca de 26 voos neste período festivo e já introduzimos mais 4 voos”, apontou, endereçando, ainda assim, um pedido de desculpas a todos os passageiros por todos esses problemas que estão a ser causados.

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