Presidente de Portugal diz que deve existir sempre uma “conjugação virtuosa” entre Cabo Verde e seu país
O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje, na cidade da Praia, que deve existir sempre uma “conjugação virtuosa” entre Portugal e Cabo Verde e vice-versa.
A afirmação foi feita à imprensa no âmbito de um encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, que antecedeu a deposição de uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral.
O Presidente português, que se encontra de visita oficial a Cabo Verde tendo como propósito a participação nas celebrações do cinquentenário da libertação dos presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, evento ocorrido na quarta-feira, 01, realçou a “boa relação” dos dois países desde a independência, sublinhando que a democracia tem “grandes virtualidades”.
“E disso nos aproximamos, cabo-verdianos e portugueses, é que a democracia tem uma amplitude que permite compreender a diferença que há entre a democracia e a ditadura, sendo a ditadura o silenciamento, por não haver confronto ou vários pontos de vista”, afirmou.
“Não foi por acaso que o primeiro-ministro português escolheu como primeira visita fora das incumbências europeias logo após assumir as suas funções a vinda Cabo Verde, não foi o acaso a visita de Estado do Presidente da República de Portugal a Cabo Verde para participar dessa celebração no dia de ontem, (…) que o Presidente de Cabo Verde tenha estado em Lisboa para assinalar uma comunhão de passado e acima de tudo do presente e do futuro e outros espaços”, reforçou o Presidente de Portugal.
Isto significa, conforme Marcelo Rebelo de Sousa, o dever de os dois países irem sempre mais longe para terem noção das razões do passado e justificarem os desafios do futuro, e que compete aos chefes de Estado “acompanharem, apoiarem, simularem e incentivarem”.