Relatório sobre Democracia coloca Cabo Verde na lista de países com retrocesso no Parlamento

Um relatório, que analisa os dados relativos a 2023, hoje publicado, indica que Cabo Verde está entre os 32 países que registaram um retrocesso na eficácia do parlamento nos últimos cinco anos.

As avaliações feitas pelo Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2024, indicam que, apesar de se considerar que tem um desempenho elevado, Cabo Verde tem vindo a deteriorar o desempenho neste índice.

Nos diferentes parâmetros deste estudo, publicado  pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), Cabo Verde subiu três lugares em Representação para 32.º, manteve-se em 54.º em Direitos, desceu um para 49.º em Estado de Direito e subiu três em Participação (120.º).

Progressos na lusofonia

A maioria dos países lusófonos registrou progressos nas avaliações feitas pelo Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2024, com destaque para o Brasil, apesar da turbulência criada nas eleições presidenciais de 2022.

O Brasil verificou melhorias nos quatro parâmetros usados pelos autores do relatório, subindo cinco lugares na classificação relativa à Representação política para o 42.º, subiu 17 para 63.º em Direitos civis, ascendeu 38 posições para a 53.ª em Estado de Direito e galgou 29 lugares em Participação política e civil, chegando à 4.º posição num total de 173 países.

Angola com progressos

O relatório referiu Angola num grupo de países com progressos em matéria de ausência de corrupção, juntamente com a Bulgária, Quénia e Maldivas.

Mesmo assim, constatou pouca alteração nos diferentes parâmetros em 2023 relativamente ao ano anterior, retendo o 121.º lugar no ‘ranking’ de Representação, subindo um lugar tanto em Direitos (119.º) e Estado de Direito (118º) e três em Participação (134.º).

Os autores do relatório referem o “entusiasmo” criado pela emergência de uma nova geração de líderes políticos em Moçambique e Senegal, “tendo em conta o fosso extremo entre a demografia da sociedade e a demografia dos atuais chefes de Estado e de Governo em África”.

Moçambique observou alguma deterioração pois, apesar de manter o 118.º lugar no ‘ranking’ em Representação, desceu quatro posições para a 121ª. em Direitos, caiu nove para 116º. na classificação geral sobre Estado de Direito e desceu três para 129.º em Participação.

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